O ex-governador do Amazonas José Melo (Pros), em entrevista concedida nesta segunda-feira, 08, ao programa Manhã de Notícias, fez uma breve resenha sobre os seus 90 dias no cárcere, a prisão domiciliar, o uso da tornozeleira eletrônica, o retorno à política partidária e sobre traição.
Ao jornalista Ronaldo Tiradentes, Melo foi enfático ao declarar que não é ladrão da saúde, que vai provar a sua inocência e que foi vítima da perseguição, do jogo do poder e da traição do senador Eduardo Braga (MDB), derrotado por ele nas eleições de 2014.
Para chegar ao governo do Amazonas por curto espaço de tempo, o ex-governador lembrou que foi preciso de rebelar contra a vontade e o egoísmo de Eduardo Braga que não o aceitava candidato natural à sucessão.
Pela vontade de Eduardo Braga, segundo ele, jamais chegaria ao governo do estado. Melo acusou sem meias palavras de ter sido traído por Eduardo Braga que o colocou na boca do leão sem “jamais ter praticado um único crime”.
Depois do benefício da prisão domiciliar, Melo falou do pavor da opinião pública mesmo sabedor de que fora denunciado e cassado sem nenhuma culpa formado. Por isso decidiu pelo enclausuramento.
“Após deixar a prisão fui ao Banco do Brasil e fui chamado de ladrão. Nesse dia não dormir. Escrevi uma carta de 110 páginas com a sentença de minha morte. Com a minha morte deixava um estrago muito grande”, contou.
José Melo falou, também, sobre o cárcere e a vida em liberdade condicionada. Segundo ele, entre viver monitorado por aparelho eletrônico na perna (tornozeleira), melhor seria continuar no cárcere.