Segundo Zelensky, alguns líderes mundiais têm promovido a retórica de que primeiro é necessário um cessar-fogo na guerra, que já se estende por mais de dois anos, para depois buscar um caminho que coloque um fim definitivo no conflito.
“Esse é o modelo que podemos ouvir de certos líderes. Podemos ouvir isso do Brasil, da China e mais importante: definitivamente ouvimos isso da Rússia”, disse Zelensky sem citar Lula diretamente. “Não podemos dizer ‘sim’ a Putin e ‘depois a gente vê’. Isso não é profissional, absolutamente. E o pior: é irresponsável”.
A nova crítica de Zelensky contra o presidente brasileiro se soma a outros episódios recentes, nos quais o ucraniano demonstrou descontentamento sobre o posicionamento de Lula diante da guerra.
Desde o início do mandato de Lula, em 2023, o Brasil buscou manter uma postura de neutralidade em relação ao conflito entre Rússia e Ucrânia, e defende que negociações de paz envolvam os dois países implicados na guerra.
Em maio deste ano, o governo brasileiro chegou a apresentar uma proposta de paz em conjunto com a China. Contudo, Zelensky classificou o plano como destrutivo, e afirmou que o governo do Brasil é “pró-Rússia” durante entrevista ao Metrópoles.