Cerca de 30 homens do Batalhão de Choque da Polícia Militar e da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (ROCAM), já estão em Humaitá, para colocar ordem no município que na noite de ontem viveu horas de caos, cerca quando de 3 mil pessoas revoltadas com a notícia de que o professor Stef Pinheiro de Souza, Aldeney Ribeiro Salvador e Luciano da Conceição Ferreira Freire, que estão desaparecidos desde o dia 16 deste mês teriam sido mortos pelos índios “Tenharin”.
Carros completamente queimados pelos manifestantes em Humaitá
Revoltados com a notícia e de acordo com os lideres do movimento com a maneira as autoridades estão tratando o desaparecimento das três pessoas, atearam fogo em pelo menos 16 veículos, no barco da Funai, que estava no porto, depredaram o prédio da instituição e queimaram ainda a casa do índio.
Por telefone, o major Franciney Bó, que foi no comando da operação, disse ao Fato Amazônico, que estará juntamente com 12 homens do Choque e Rocam, indo a Santo Antônio do Matupi (Distrito de Manicoré), para averiguar a situação.
Entenda o caso
O desaparecimento de três pessoas, vistas por testemunhas no último dia 16, nas próximas à Terra Indígena Tenharim, no quilômetro 85 da BR-320 (a Transamazônica), em Humaitá e falta de repasse de informações sobre as buscas conduzidas pela Polícia Federal de Rondônia, levou os familiares e amigos dos desaparecidos a realizaram grande manifestação na cidade do interior.
Eles conseguiram reunir mais 3 mil pessoas que foram para as ruas e invadiram a sede da Fundação Nacional do Índio (Funai). Cerca de 120 policiais militares, comandados pelo major Luzeiro, tentaram conter os manifestantes, que atearam fogo na Casa do Índio, junto com no mínimo quatro veículos que estavam estacionados em frente à sede da Funai.