A família do tetraplégico, Francisco Carlos Sabino Araújo de Figueiredo, que foi parar no Centro de Detenção Provisório, localizado no quilômetro 8 da BR 174 (Manaus/Boa Vista), por força de mandado de prisão expedido pelo juiz Julião Lemos Sobra Júnior, da 3ª Vara Especializada em Crimes e Uso e Tráfico de Entorpecentes, e que está ameaçado de morte pelos detentos, criticaram a denegação do pedido de habeas corpus, pelo desembargador Cláudio César Ramalheira Roessing, plantonista do Tribunal de Justiça do Amazonas. Para eles, ao negar a liminar em Habeas Corpus, e deixar para o juiz prevento, que no recesso forense, não existe prevenção, o magistrado demonstra a sua frieza em relação a vida e a dignidade da pessoa humana e do preso que sob a custódia do Estado.

“Ele não quis nem saber se meu irmão está correndo risco de vida dentro da cadeia. É um homem frio, mas que acredito que Deus, nunca deixará que ele ou alguém de sua família passe pelo que estamos passando”, disse uma irmã, afirmando que se Francisco Carlos, for morto dentro da cadeia, a culpa não será apenas da delegada que pediu a prisão de um homem que para viver precisa de ajuda de outros, mas do juiz que decretou e do desembargador que de maneira fria, mantem ele preso e que denegar a liminar sob a alegação que cabe ao juiz prevento julgar o habeas corpus.

“Fico aqui me perguntando para que esse desembargador está no plantão do Tribunal de Justiça, em pleno recesso que ao negar a liminar diz que cabe ao juiz prevento analisar. Será que ele não sabe que no recesso não existe prevenção?” E agora o meu irmão, por erro do Estado na falta de investigação e em condições desumanas na cadeia, podendo ser assassinado a qualquer momento deverá esperar acabar o recesso em sete de janeiro! Questiona um familiar.

Entenda o caso

Na última terça-feira, dia 17, o tetraplégico Francisco Carlos Sabino Araújo de Figueiredo, foi parar no Centro de Detenção Provisório, localizado no quilômetro 8 da BR 174 (Manaus/Boa Vista), por força de mandado de prisão expedido pelo juiz Julião Lemos Sobra Júnior, da 3ª Vara Especializada em Crimes e Uso e Tráfico de Entorpecentes.

O mandado de prisão preventiva, de acordo com a documentação que o Fato Amazônico teve acesso, foi expedido no dia 29 de outubro, quando o juiz Julião Lemos, atendeu a pedido da delegada Vanessa Pereira Ricardo, da Delegacia Especializada em Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE).

Familiares que pediram para não serem identificados acreditam que Francisco, foi envolvido na acusação de tráfico de drogas depois que uma irmã dele, Mariene Araújo, que é esposa de um acusado de tráfico identificado apenas por “Alan”, foi morar com o acusado e possa ter usado seu celular.

"Estamos arrasados! Esse foi o pior natal de nossas vidas, na segunda-feira perdemos nosso pai que diante da angustia de ver Farncisco preso, não resistiu, nosso natal foi de luto e ainda estamos preocupados com ele que está cadeia injustamente e por ser frágil tememos pela vida dele" disse um dos irmãos.

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