Mais de 100 manifestantes foram detidos ao longo de domingo, 18, em Minsk, durante mais um protesto realizado pela oposição e por grupos sociais contra o presidente de Bielo-Rússia, Alexander Lukashenko.
A informação sobre as, precisamente, 108 detenções, foi divulgada pela ONG de defesa dos direitos humanos Vesna, que ainda denunciou o emprego de força excessiva pelas forças de segurança locais, como uso de bombas de efeito moral e balas de borracha.
A própria polícia admitiu que agentes utilizaram a munição de borracha, segundo a versão da corporação, após manifestantes terem iniciado ataque com pedras contra veículos e integrantes da força.
Como vem acontecendo há vários domingos consecutivos, opositores de Lukashenko foram às ruas para pedir a renúncia do presidente recém-eleito, que está há 26 anos no poder e iniciará o sexto mandato consecutivo.
Mais uma vez, foi montado um forte aparato no entorno do Palácio a Independência, residência oficial do chefe e governo.
A líder da oposição, Svetlana Tikhanovskaya, candidata derrotada nas eleições de agosto, em que teve menos de 10% dos votos, de prazo até o próximo dia 25 para que Lukashenko deixe o poder, liberte todos os presos políticos e encerre a repressão policial.
Desde a divulgação dos resultados do pleito, em que o presidente teve mais de 4,6 milhões de votos, o que representa 80% dos que foram às urnas, há denúncias de fraude, que levaram diversos grupos para às ruas. (Estadão)