Nos últimos dois anos, custos diretos e indiretos da Saúde sofreram um aumento significativo. Principalmente pela falta de insumos, crescimento da inflação, superlotação dos hospitais, alta ocupação nas UTIs e necessidade de acompanhamento especializado pós-covid em função das sequelas geradas nos pacientes expostos ao vírus. 

Dessa maneira, devido a necessidade de acompanhamento contínuo destes pacientes, estes custos ainda não estão finalizados e naturalmente podem comprometer o planejamento orçamentário Público e Privado. Ao olharmos para a verba do SUS, por exemplo, em 2022 podemos identificar uma redução de cerca de 20% quando comparado com 2021, passando de R$200,6 bilhões para R$160,4 bilhões¹. O valor diminuiu, mas outros motivos contribuíram para o aumento dos gastos, como compras de respiradores, bombas de infusão e retomada das cirurgias eletivas, represadas durante o pico da pandemia e que depois de um longo período foram retomadas.

Nesse contexto, é necessário considerar alternativas que contribuam para o equilíbrio financeiro do sistema de Saúde. No centro dessas possibilidades, estão os biossimiliares, fármacos biológicos altamente similares aos produtos de referência, produzidos a partir de células vivas. Essa tecnologia, garante o desenvolvimento de terapias com eficácia, tolerabilidade e segurança comprovadas, além de uma redução de cerca de 30 a 40% do custo², contribuindo para a sustentabilidade do sistema.

No Brasil, muitos pacientes têm utilizado esse recurso através da saúde suplementar bem como através do SUS. O Ministério da Saúde tem adquirido através de licitações, alguns destes medicamentos que estão sendo disponibilizados a população para o tratamento de doenças reumáticas, inflamatórias intestinais, além de câncer de mama e linfoma não-Hodgkin.

Em tempos de otimização de recursos, os biossimilares são um forte aliado na busca pela previsibilidade e equilíbrio econômico das instituições públicas e privadas, ampliando o acesso de pacientes a terapias avançadas.

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