CIDADE DO MÉXICO/WASHINGTON (Reuters) – Autoridades dos Estados Unidos e do México concordaram com um plano para conter o número crescente de venezuelanos que cruzam sua fronteira compartilhada, o que permitirá aos EUA expulsar venezuelanos para o México e, ao mesmo tempo, conceder acesso humanitário a milhares deles pelo ar.
O mais recente esquema para conter a imigração ilegal na fronteira EUA-México foi anunciado na quarta-feira, menos de um mês antes das eleições de meio de mandato nos Estados Unidos, que ameaçam privar o presidente democrata Joe Biden do controle de seu partido no Congresso.
A partir de 12 de outubro, as autoridades dos EUA começarão a gerenciar o acesso de 24.000 imigrantes venezuelanos por via aérea, disseram os dois governos em comunicado.
“Essas ações deixam claro que existe uma maneira legal e ordenada para os venezuelanos entrarem nos Estados Unidos, e a entrada legal é a única maneira”, disse o secretário de Segurança Interna dos EUA, Alejandro Mayorkas, em comunicado.
“Aqueles que tentarem cruzar a fronteira sul dos Estados Unidos ilegalmente serão devolvidos ao México e não poderão participar desse processo no futuro.”
Biden tem lutado politicamente para lidar com detenções recordes de imigrantes na fronteira sudoeste dos EUA, um fenômeno alimentado por um aumento de pessoas vindas da Venezuela, bem como de Cuba e Nicarágua.
Seus adversários republicanos, que buscam ganhar o controle do Congresso nas eleições de 8 de novembro, criticam o que consideram o fracasso de Biden em proteger a fronteira.