Santiago Peña, economista de 44 anos, venceu a eleição presidencial do Paraguai, neste domingo (30/4). Dessa forma, mantém-se a hegemonia de 70 anos do partido conservador Colorado sobre o Executivo do país latino-americano.
A eleição foi confirmada na noite deste domingo (30/4), com a apuração de 99,09 % das urnas. Mesmo antes da definição matemática do vencedor, o atual presidente Mario Abdo Benitez celebrou nas redes sociais a vitória do correligionário. No Paraguai, não há reeleição nem segundo turno
O resultado, até a última atualização desta reportagem, era este:
- Santiago Peña: 42,74% dos votos
- Efraín Alegre, do Partido Liberal Radical Autêntico: 27,48%
- Payo Cubas: 22,93%
“Agradeço a quem nos entregou seus sonhos, confiou neste projeto, depositou suas esperanças para que possamos melhorar. E nós vamos melhorar”, disse Peña, que é ex-ministro da Fazenda, após a eleição. Ele assume o cargo em 15 de agosto, para um mandato de cinco anos.
O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já parabenizou o presidente eleito: “Boa sorte no seu mandato. Vamos trabalhar juntos por relações cada vez melhores e mais fortes entre nossos países, e por uma América do Sul com mais união, desenvolvimento e prosperidade”, disse o petista, no Twitter.
Efraín Alegre liderou uma ampla coalizão de partidos de centro e esquerda. Ele concorreu ao cargo em 2013 e 2018 e cresceu nas pesquisas eleitorais mais recentes, mas o movimento não se confirmou nas urnas.
Ele reconheceu a derrota e lamentou a falta de consenso para união de candidaturas de oposição: “A divisão significou que não conseguimos atingir o objetivo de mudança solicitado”. Isso aconteceu porque parte dos votos dos descontentes com o partido Colorado foi para Paraguayo Cubas.
Payo Cubas, como é conhecido, cresceu nas intenções de voto nos últimos dias. Ele é filho de um diplomata do ex-ditador Alfredo Stroessner. O candidato chegou a dizer que gostaria de matar 100 mil “brasileiros bandidos”. O postulante teve ainda o mandato de senador cassado por agressão física, incitação à violência e por “uso de influências”. Com informações de Metrópoles.