Foto: Reprodução

A cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024 chamou a atenção do mundo. Entretanto, uma cena em específico gerou revolta na internet e fez com que o evento perdesse patrocinadores. Durante o quadro Festivity, uma suposta representação da Santa Ceia foi apresentada com drag queens à mesa.

A DJ francesa Barbara Butch, que aparece no centro da imagem, apresentou, nesta terça-feira (30/7), queixa por assédio cibernético agravado, ameaças de morte e insultos públicos, relatou uma fonte próxima ao caso.

Após a abertura, a DJ, que é ativista feminista, antigordofobia e lésbica, relatou no Instagram que estava sendo alvo de “assédio cibernético – particularmente violento”, ameaças “de morte, tortura e estupro”, além de “inúmeros insultos antissemitas, homofóbicos, sexistas e gordofóbicos’.

Pelas redes sociais, Barbara emitiu um comunicado e falou sobre os ataques. “Embora eu tenha decidido inicialmente não me manifestar para deixar os ‘haters’ se acalmarem, as mensagens que estou recebendo são cada vez mais extremas”, declarou.

Advogada de DJ fala em “intolerância”

À AFP, a advogada Audrey Msellati, contratada pela DJ, falou sobre a situação. “Aqueles que atacam Barbara Butch o fazem porque não suportam o fato de ela poder representar a França, por ser mulher, lésbica, gorda, judia… O problema é sua intolerância e seu obscurantismo”, explicou.

Por fim, a profissional condenou os ataques. “Ao atacá-la, eles estão atacando os valores, os direitos e as liberdades da França, que ela representa por sua existência na arena pública e, em particular, pelo fato de que ela se apresenta para o seu país em uma vitrine mundial”, descreveu.

O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos se manifestou sobre os ataques e “condenou veementemente” o assédio sofrido pela equipe artística da cerimônia de abertura. O diretor artístico responsável pelo quadro, por sua vez, afirmou que não se tratava da Santa Ceia, mas de uma reunião de deuses.

Artigo anteriorCasal de pastores morre após ambulância e caminhão colidirem em Goiás
Próximo artigoPoliclínica Zeno Lanzini atende 20 mil pacientes por mês na zona leste