O prefeito de Manaus, David Almeida, anunciou que vai apresentar uma notícia-crime à Polícia Federal (PF) em mais um caso de fake news contra ele, em meio à campanha eleitoral deste ano. Desta vez, circula no WhatsApp um PDF com uma falsa capa da revista Veja, que ataca o prefeito e seus familiares.

“Estamos numa campanha entre a verdade e a mentira. Defendemos Manaus. Defendemos uma gestão aprovada pelos manauaras. E a única ferramenta que restou aos nossos adversários foi a mentira. Vamos desmascarar mais esta mentira”, declarou David Almeida.

A falsidade é facilmente desmentida ao acessar a página oficial da revista Veja no Instagram, onde está disponível a verdadeira capa da edição atual, que trata da crise de estiagem recorde que atinge o Brasil este ano.

Deep fake e ataques anteriores

David Almeida, que concorre à reeleição pela Coligação “Avante, Manaus” (formada por Avante, PSD, MDB, DC e Agir), tem sido alvo frequente de difamações na internet. Em dezembro do ano passado, o prefeito foi vítima do primeiro caso registrado pela Justiça Eleitoral de fake news envolvendo o uso de inteligência artificial (deep fake) no Amazonas.

Na ocasião, Almeida denunciou o caso à Superintendência da Polícia Federal no Amazonas (PF-AM), o que resultou na Operação Nirmata, realizada em fevereiro deste ano. A operação incluiu buscas e apreensões em empresas de publicidade suspeitas de ligações com políticos locais, segundo informações da PF.

Durante a campanha, David Almeida tem intensificado o combate ao que chama de “onda de mentiras” que domina a disputa eleitoral. Ele afirma que seu diferencial em relação aos outros candidatos está na apresentação dos resultados de seu primeiro mandato e em suas propostas para uma nova gestão em Manaus.

Pesquisas forjadas

Outro fenômeno desta eleição tem sido a divulgação de pesquisas eleitorais forjadas, que distorcem os números reais ao manipular a margem de erro para favorecer determinados candidatos e prejudicar David Almeida, que segue como o favorito nas intenções de voto.

A própria Justiça Eleitoral tem agido para coibir essa prática, com medidas que resultaram na impugnação de pesquisas eleitorais realizadas por alguns institutos em Manaus.

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