Na manhã desta terça-feira (1º), o governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), foi abordado para comentar sobre um vídeo que circula na imprensa local e nacional. A gravação envolve secretários de Estado e oficiais da Polícia Militar discutindo supostas ações para serem executadas durante o período eleitoral em Parintins. O governador colocou em dúvida a autenticidade das imagens e defendeu a atuação das forças de Segurança Pública.

Wilson Lima ressaltou que aqueles que fazem as acusações precisam apresentar provas para comprovar a veracidade do material divulgado. “Com relação ao vídeo que está circulando, não há nenhuma comprovação de veracidade. Foi um vídeo editado por um candidato de Parintins, e estamos à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários à Justiça e aos órgãos de controle”, declarou o governador, durante um evento em Manaus, no qual entregava materiais de auxílio para famílias atingidas pela seca dos rios no interior do estado.

O vídeo, denominado “QG do crime”, foi apresentado no último sábado (28) pelo candidato a prefeito de Parintins, Mateus Assayag, durante uma coletiva de imprensa. O candidato acusa secretários estaduais e membros da Polícia Militar e da Polícia Civil de coordenarem ações criminosas para favorecer a candidata Brena Dianná (União Brasil), que recebe apoio do governador Wilson Lima. Assayag também apontou a possível participação de gerentes do tráfico de drogas e milícias do estado do Pará no suposto esquema.

Wilson Lima, ao ser questionado se considerava o vídeo uma montagem, afirmou: “Não estou dando uma opinião, estou pedindo que haja uma comprovação da veracidade do vídeo, porque não há nenhuma. O vídeo foi editado, e isso é claro para todos. Nem é preciso ser um profissional da área para entender. É necessário saber como esse material foi obtido, e cabe a quem acusa provar sua autenticidade.”

Na segunda-feira (1º), a juíza eleitoral de Parintins, Juliana Arrais, determinou o afastamento do major Francisco Magno Judiss da Silva do comando local da Polícia Militar. Além disso, ordenou o retorno imediato dos policiais militares da Ronda Ostensiva Cândido Mariano (Rocam) e dos agentes do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc) a Manaus, devido à suspeita de abuso do poder econômico e político durante as eleições.

Em resposta à decisão, o governador afirmou que o governo cumprirá as determinações judiciais. “Decisão judicial se cumpre. Mas não podemos permitir que uma narrativa durante o período eleitoral comprometa o trabalho eficiente que a polícia do Amazonas realiza”, concluiu Wilson Lima.

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