Os números indicam que a operação, uma das maiores do ano, obteve apoio transversal entre diferentes faixas etárias, níveis de escolaridade e rendas familiares.
O índice de aprovação chega em 92% entre eleitores que se identificam com a direita, mas também alcança patamares expressivos entre grupos de centro, com 61% de aprovação, e a esquerda lulista, 35%.
Por outro lado, o levantamento também sugere divisões regionais e ideológicas: moradores das mesorregiões mais afetadas pela violência, como aqueles da região Norte, Noroeste e Lagos, expressaram maior cautela nas respostas, e a aprovação cai entre quem se identifica como de esquerda não lulista.
A pesquisa foi feita entra 30 e 31 de outubro por meio de entrevistas. A margem de erro estimada é de três pontos percentuais e tem 95% de confiança.
A ação policial mobilizou cerca de 2,5 mil agentes das polícias civil e militar e resultou em centenas de mortes: até o último balanço reportado, foram 121 mortos, entre os quais quatro eram policiais. Foram presas 81 pessoas e apreendidos pelo menos 93 fuzis, além de pistolas, granadas e mais de 500 kg de drogas.
A operação foi defendida pelo governo estadual como necessária para combater o tráfico, mas criticada por organizações de direitos humanos, que questionam a proporcionalidade do uso da força policial. Com informações de Metrópoles.