Joilson Souza
Vivíamos em nossa rotina educacional, reclamando da super lotação em sala de aula, da indisciplina dos alunos, do barulho nos corredores e de repente sem nenhum aviso o vírus chegou. Fomos pegos desprevenidos. Todos os setores: econômico, saúde, segurança, educação, sofreram este grande golpe.
Lembro da reunião em minha escola, o gestor e a equipe pedagógica sem entender comunicaram que as aulas a partir do dia 17 de março de 2020 seria paralisada sem tempo certo de retorno. Muitos colegas acharam ótimo mal iniciamos o ano escolar e novamente férias. Mal sabíamos que estávamos entrando em um novo cenário educacional, que a partir daquele momento teríamos que nos reinventar como professores.
O país segue tentando se equilibrar no que mais parece uma corda bamba de incertezas.
A população, segue assustada, em suas moradias, reféns do que mais parece uma disputa de interesses dos que governam. Já diz o ditado: “Manda quem pode e obedece quem tem juízo”.
No meio deste turbilhão de acontecimentos e incertezas, está o nosso setor, a Educação. Com a chegada de novas variações do vírus,com o avanço da vacinação, o mundo da sinais de normalidade. Como dar continuidade ao ensino com as suspensões das aulas presenciais? Tá comprovado que aulas online , híbrido não deram resultados, a Internet no interior é luxo e os pais têm que decidir, pão na mesa ou crédito no celular.
Diante deste fato, o Sistema Educacional precisou se adaptar e o Mec. através da portaria n° 343, de 17 de março de 2020, autorizou instituições de ensino a substituírem suas aulas presencias por meios digitais, enquanto durar a situação de pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o Censo Escolar, em 2019, havia 47,9 milhões de alunos matriculados em todo o país na educação básica (educação infantil, ensino fundamental e médio) considerando escolas públicas e particulares. Esses estudantes no mês de fevereiro vão continuar em casa, junto de seus familiares.
Esses responsáveis estão tendo que se equilibrar entre preocupações com o sustento da família, trabalho, rotina doméstica, ansiedades, medos, e educação dos seus filhos. Pois, com este novo normal, algumas escolas criaram meios de dar continuidade a rotina de estudos, utilizando o “ciberespaço”.
Os profissionais da Educação se reinventaram, valorizaram a tecnologia, aulas no WhatsApp sem aprendizagem, e os professores ficam limitados a uma pequena parcela de alunos conectados.
Nas comunidades apostilas de casa em casa professores de canoa bicicletas, ônibus, levam o conhecimento mas sem a presença do professor a mãe a vó, a irmã e o irmão mas velhos assumem essa responsabilidade de ensinar…
Concluímos que quem voltou aos estudos foram os pais, os avós, tios…
Percebemos que o professor hoje em meio essa situação ganhou mais valorização por parte dos pais, dos alunos. ..
Entendemos que a escola precisa voltar a receber presencial seus alunos, pois corremos o risco de ter uma sociedade sem saber.





