O deputado federal Júnior Bozzella (PSL-SP), porta-voz do presidente nacional da legenda, Luciano Bivar, cobrou de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) que entregue o cargo de líder do partido na Câmara.

“Ele deveria entregar. Seria o mínimo. Já se diz integrante de um novo partido que nem sequer foi criado. Ele tem de ser o líder do Aliança e não do PSL”, disse ao Congresso em Foco.

De acordo ele, a decisão sobre o processo aberto contra Eduardo Bolsonaro no PSL vai ser tomada até o final deste mês.

“Vai sofrer as punições. Entre os dias 25 e 27 vai ser aplicada a punição, que pode ser suspensão, expulsão, advertência, mas tem elemento para expulsão inclusive”, declarou.

Bozzella tem sido a voz de Bivar durante a guerra entre Jair Bolsonaro e partido pelo qual foi eleito presidente da República em 2018. O deputado paulista despacha na sala da presidência do PSL, em Brasília, e lá conversa com aliados e ajuda a coordenar estratégias contra o grupo próximo de Bolsonaro na legenda.

Na terça-feira (12), Bolsonaro e seus aliados políticos declararam que vão sair do PSL e participar do processo de criação de uma nova legenda com o nome de Aliança pelo Brasil.

No entanto, a ala do PSL na Câmara que apoia Bolsonaro só vai sair da sigla por conta própria se a nova legenda for permitida pelo Tribunal Superior Eleitoral. Nas eleições para deputado o mandato pertence ao partido e não ao político, uma das possibilidades previstas para sair da agremiação sem perder o mandato é integrar um novo partido.

Os únicos que anunciaram as desfiliação foram o presidente Jair Bolsonaro e o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), que foram escolhidos em eleições majoritárias, nas quais o mandato pertence ao indivíduo. (Congresso em Foco)

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