Quarta-feira, dia 18/07. Bairro Lírio do Vale 2, Zona Oeste de Manaus, à noite. Um homem de 35 anos é morto a tiros.

Uma menina de sete anos que passava em frente na avenida Central por ocasião do tiroteio para pegar um prato de sopa na casa de parentes é alvejada na cabeça com uma bala perdida.

Os bandidos fugiram confortavelmente em um carro modelo Civic, sem deixar rastros.

Keylane, a menina alvejada, continua com a bala alvejada na cabeça e vai precisar de muito remédio para vencer o traumatismo intracraniano sofrido.

Enquanto o governo do estado doa de mão beijada R$ 1 milhão para o “campeonato de peladas” da rede Calderado de Comunicação e “presenteia R$ 5 milhões à empresa novaiorquina, Giuliani Security & Safety (GSS), para livrar o Amazonas da violência, os pais de Keilane corre atrás de patrocínio para curar a filha.

No dia 26 de agosto, um domingo, a partir do meio dia, na quadra poliesportiva do Lírio do Vale, amigos e familiares de Keylane  promovem uma feijoada para arrecadação de fundos destinados à recuperação da menina.  

Uma vergonha.

O Amazonino Mendes, governador do estado, certamente não pouparia nenhum esforço de transferir Keylane para o Sírio Libanês, em São Paulo, desde que fosse filha de um parente ou de um amigo. Muitos, como ele próprio, em condições de saúde nunca tão grave como a de Keylane, mereceram esse privilégio.

Mas Keylane, com uma baleada na cabeça, não é parente, aderente, nem filha de um amigo de Amazonino, que não precisam mendigar para cuidarem dos seus.

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