Semanas antes de prestarem depoimento, três ex-assessores do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) investigados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro foram vistos na presença de advogados em encontro com o parlamentar na Câmara dos Vereadores do Rio, em 30 de outubro do ano passado. Com informações de Metrópoles.

Segundo o jornal O Globo, imagens da portaria da Câmara Municipal obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), mostram os assessores entrando no local pela manhã, a fim de “entender o que estava acontecendo” no procedimento.

“Estive no gabinete do vereador sim, e não me recordo a data, a pedido do escritório em que trabalhei, para entender o que estava acontecendo. Os clientes sequer imaginavam o que estava ocorrendo. É a única coisa que sei sobre o procedimento em si. Não atuo no caso, nem possuo mais acesso aos autos ou a qualquer informação atualizada”, afirmou a advogada Juliana Regina ao Globo. Ela também acompanhou os três integrantes da família Góes, investigados no mesmo inquérito, em depoimento ao MP uma semana depois.

“Quando atuei no procedimento ministerial, apenas acompanhei algumas pessoas para as oitivas prestadas ao Ministério Público”, continuou.

Junto a Juliana, também chegou ao prédio o defensor Alberto Sampaio de Oliveira Júnior, sócio de Regina. Questionado sobre a visita, ele disse que ficou no gabinete “uns cinco minutos, no máximo”. Porém, imagens mostram que ele ficou por mais de duas horas, além de ter visitado o local no dia anterior, na ausência de Carlos.

“O dia que eu fui, tinha que falar com ele [Carlos], pedi para subir, mas a gente não conversou com assessores, não. Isso aí é falácia”, justificou Oliveira. “Até seria antiético falar de um processo em que não estou. Agora, em relação à minha ida, eu preferia responder da seguinte maneira: os assuntos tratados dentro do gabinete, independentemente da presença de quem, estão restritos à esfera profissional, da advocacia, e que são resguardados o sigilo. Para mim, é indiferente quem eram as pessoas que estavam lá”, completou.

A família Góes não se manifestou sobre a reportagem, assim como a defesa de Carlos Bolsonaro.

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