Em documento publicado na última sexta-feira (2/7), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) propôs a suspensão da aplicação das vacinas da Janssen e AstraZeneca/Oxford em grávidas. A recomendação é que as gestantes recebam a Coronavac, ou o imunizante da Pfizer.

A agência já tinha sugerido a retirada da vacina da AstraZeneca para este grupo em maio, após uma gestante no Rio de Janeiro ter desenvolvido trombose. Agora, a Anvisa adicionou a fórmula da Janssen à lista de restrições.

A suspensão foi feita para evitar casos de trombose e formação de coágulos sanguíneos, efeitos adversos considerados muito raros após a vacinação com fórmulas com vetor adenoviral.

O órgão pede ainda que se crie um sistema para identificar casos suspeitos da reação. Os sintomas mais comuns são falta de ar, dor no peito, inchaço ou dor nas pernas, dor abdominal persistente, dor de cabeça grave e persistente, visão turva, confusão, convulsões, manchas vermelhas no corpo, hematomas ou outras manifestações no local da injeção. Pacientes que apresentarem os sintomas devem procurar serviço médico.

No novo comunicado, a agência lembra da importância da vacinação e que os imunizantes citados são seguros e devem ser aplicados na população em geral. “A Anvisa reforça a relação benefício-risco favorável das vacinas contra Covid-19 autorizadas para uso no país, sendo essencial a continuidade da imunização da população”, diz o documento.

As gestantes estão no grupo de prioridades para a vacina contra a Covid-19 desde abril. Segundo a Fiocruz, a taxa de letalidade entre as grávidas é de 7,2% — na população geral, o índice é de 2,8%. Até o final de junho, 1.156 gestantes faleceram em consequência da infecção.

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