O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol - POOL/AFP

PEQUIM, 9 DEZ (ANSA) – O Ministério Público de Seul ordenou nesta segunda-feira (9) uma proibição de viagens ao exterior ao presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, após sua tentativa fracassada de impor lei marcial.

A equipe especial de promotores tenta esclarecer os acontecimentos de 3 de dezembro, depois que Yoon se tornou alvo de uma investigação criminal por insurreição e abuso de poder.

O presidente sul-coreano chegou a pedir desculpas pela tentativa de decretar lei marcial, que restringe acesso a direitos civis e substitui a legislação normal por leis militares, e conseguiu sobreviver a uma votação de impeachment em um Parlamento liderado pela oposição, depois de um boicote dos membros políticos de sua base.

Embora tenha durado seis horas, a declaração de emergência militar provocou uma série de protestos no território sul-coreano.

Oh Dong-woon, promotor-chefe do Escritório de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários (CIO), disse que ordenou o pedido de proibição de viagens contra Yoon durante uma audiência parlamentar após o início das investigações.

O Ministério da Justiça da Coreia do Sul confirmou a medida. Bae Sang-up, comissário dos Serviços de Imigração da pasta, afirmou ao comitê que a ordem já foi executada.

Apesar de Yoon ter sobrevivido ao processo de impeachment, a decisão de seu partido de delegar a autoridade presidencial ao primeiro-ministro mergulhou o país em uma crise constitucional.

A legenda, inclusive, pediu a renúncia dele para proteger a Coreia do Sul de “um grande perigo”. (ANSA).

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