Foto de arquivo tirada em 12 de abril de 2015 mostra um homem iraquiano chorando sobre sacos com restos mortais de pessoas mortas por jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) — Foto: AHMAD AL-RUBAYE / AFP

Ataques do grupo Estado Islâmico (EI) mataram pelo menos 30 forças e soldados pró-governo no deserto da Síria, disse um monitor de guerra nesta quarta-feira, em um dos ataques mais mortíferos deste ano. De acordo com o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), quatro vítimas eram soldados, e 26 eram das Forças de Defesa Nacional.

“Trinta pessoas morreram, sendo quatro deles soldados e 26 das Forças de Defesa Nacional, em ataques simultâneos realizados pelo grupo Estado Islâmico na manhã desta quarta-feira em postos de controle e posições militares”, informou o Observatório em comunicado.

Os ataques ocorreram em Badia, o vasto deserto que se estende desde a província central de Homs até a fronteira oriental com o Iraque. Ainda de acordo com a organização, este é o caso mais mortífero desde agosto, quando 33 soldados foram mortos após membros do Estado Islâmico atingirem um carro do Exército na cidade de Deir ez-Zor.

Agora, segundo o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, o número de vítimas deve aumentar, já que alguns estão em estado grave. Nesta terça, o Observatório informou que dois soldados morreram em uma explosão no deserto de Khanasir, na Síria. Conforme a organização, a bomba foi plantada por homens não identificados, possivelmente do EI.

Ataques intensificados

O Estado Islâmico intensificou recentemente os seus ataques na Síria, especialmente nas áreas desérticas para onde os seus combatentes recuaram após a perda, em 2019, dos territórios que controlavam no país. Depois de uma ascensão meteórica ao poder em 2014 na Síria e no Iraque, o grupo jihadista viu o seu autoproclamado “califado” vacilar.

Na ocasião, sucessivas ofensivas foram lançadas nestes dois países com o apoio de uma coligação internacional. A derrota do EI na Síria foi declarada em 2019 (e no Iraque em 2017), mas a coligação permaneceu no país para lutar contra as células jihadistas que continuam a operar no país. O conflito na Síria matou mais de meio milhão de pessoas desde 2011, devastou infraestruturas e deslocou milhões de pessoas.

As informações são de O Globo.

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