Fotos: Bruno Zanardo/Secom

O início da caminhada do Boi Caprichoso na luta pelo título de campeão do 55º Festival Folclórico de Parintins ficou marcado por momentos surpreendentes em duas horas e meia de apresentação. Sob a trilha sonora de Candelabros Azuis, o apresentador Edmundo Oran e o estreante levantador de toadas, Patrick Araújo, emocionaram o torcedor na entrada, em um módulo acima da arena do Bumbódromo acompanhado por bailarinos suspensos nas alturas. 

O bumbá apostou no tema “Amazônia-Floresta: O Grito da Vida” e entrou com todas as forças com a mensagem de conservação do meio ambiente, ao defender a Lenda Amazônica: Kaaporanga: a Guardiã da Mata, composta por uma alegoria de 23 metros de altura, rica em estética, movimentos robóticos e cheia de elementos cenográficos. A estrutura gigantesca, assinada pelos artistas Marialvo Brandão e Roberto Reis, passou por uma transformação para a aparição da Cunhã-Poranga, Marciele Albuquerque. 

Fotos: Bruno Zanardo/Secom

Suspenso em guindaste, o módulo Pachamama conduziu o Boi-Bumbá Caprichoso, com o tripa Alexandre Azevedo, e a Sinhazinha da Fazenda, Valentina Cid, para a arena. A transformação do vestido da descendente do fundador do Boi Caprichoso com asas de garça e representação humana nas abas arrancou aplausos da galera. O Amo do Boi, Prince do Caprichoso, tirou versos de exaltação ao bumbá.

O pajé Erick Beltrão fez estreia como item cantando a própria toada de evolução e entrou para a história ao tocar tambor, nas alturas, junto com as tribos indígenas que protagonizaram reverência em defesa dos povos originários do Brasil.  “Amazônia Nossa Luta em Poesia” norteou Patrick Araújo na defesa do item Toada, Letra e Música, com a interação total da galera.

Da alegoria da Figura Típica Regional “O Caboclo Ribeirinho”, a Rainha do Folclore, Cleise Simas, evoluiu em cima de um módulo simbolizado por um jacaré. O Boi Caprichoso também emocionou quando o tripa o levou para o meio da galera na arquibancada geral. A Porta-Estandarte, Marcela Marialva, chegou na arena em módulo e recebeu o símbolo maior do Boi Caprichoso conduzido por um homem voador.

Homem voador entrega o estandarte para Marcela Marialva

O Boi Caprichoso encerrou a participação na primeira noite do festival de Parintins com o Ritual Indígena Tupari, alegoria cheia de efeitos especiais confeccionada pelo artista Algles Ferreira, na qual o pajé Erick Beltrão comandou a cerimônia com fantasia com direito à transformação em gavião. Ao final, o presidente do Conselho de Artes, Ericky Nakanome, o líder indígena Dário Kopenawa e a ambientalista Angela Mendes, empunharam uma bandeira com pedido por justiça por Bruno Pereira e Dom Philips. 

Reprodução Instagram
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