O presidente Jair Bolsonaro (PL) confirmou que vai comparecer à posse dos ministros Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski – que vão assumir, respectivamente, a presidência e a vice-presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em cerimônia agendada para a próxima terça-feira (16/8). Os dois magistrados foram ao Palácio do Planalto, na noite de quarta-feira (10/8), para convidar o mandatário pessoalmente. As informações são de Metrópoles.

Os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Fábio Faria (Comunicações) fizeram chegar a Moraes e Lewandowski a informação de que o presidente gostaria de ir à cerimônia de posse para mostrar o respeito à Justiça Eleitoral, contanto que fosse convidado pessoalmente.

Durante a visita, os ministros estavam acompanhados de José Levi Mello do Amaral Júnior, que mantém proximidade com Moraes há anos, sobretudo após ocupar o cargo de secretário-executivo quando o magistrado foi chefe do Ministério da Justiça. Levi será secretário-geral do TSE e também já foi advogado-geral da União de Bolsonaro. A conversa durou cerca de 50 minutos.

Segundo relatos, o ministro Alexandre de Moraes ganhou de presente do presidente uma camisa do Corinthians, time do qual o magistrado é torcedor.

Moraes assume a presidência no lugar do ministro Edson Fachin e ficará à frente da Corte pelos próximos dois anos. No Supremo Tribunal Federal (STF), o magistrado relata o inquérito que investiga bolsonaristas.

Tensão

O convite levado ao presidente Jair Bolsonaro ocorre em momento de forte tensão entre a Corte Eleitoral e o governo. Na segunda-feira (8/8), o TSE excluiu o coronel Ricardo Sant’ana do grupo de militares escalados para inspecionar o código-fonte das urnas eletrônicas.

Conforme revelou a coluna do Rodrigo Rangel, do Metrópoles, o oficial costumava divulgar fake news e questionar a lisura do processo eleitoral.

Na quarta, o Exército Brasileiro decidiu não indicar um nome para substituir o coronel Ricardo Sant’Ana na comissão fiscalizadora das urnas eletrônicas. A Defesa, contudo, pediu o acesso de mais nove militares, especialistas em programação, para reforçar a equipe das Forças Armadas.

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