“É uma empresa que é pública e privada, é as duas coisas. Então, eu não mando lá. Fizeram uma regulamentação própria no governo Temer para estancar a hemorragia da roubalheira dos governos Dilma e Lula. (…) Foi feito lá um acerto e o estatuto da Petrobras criou a tal PPI, paridade de preços internacionais, que no meu entender já cumpriu o seu papel. É igual a um torniquete, você faz ali, quando acaba a hemorragia, você tem que afrouxar”, iniciou Bolsonaro em entrevista à rádio Itatiaia.
O presidente afirmou que há dificuldade para aprovar os novos nomes indicados pelo governo porque o conselho da empresa “tem relutado”. Se tiver o nome aprovado, o novo presidente deverá mudar toda a diretoria da Petrobras.
“Esses novos [diretores] vão dar uma nova dinâmica, estudar questão da PPI. Se for o caso, o próprio conselho muda a PPI”, afirmou o titular do Palácio do Planalto.
O Comitê de Elegibilidade (Celeg) da Petrobras recebeu, na terça-feira (21/6), a documentação para análise do nome de Caio Mario Paes de Andrade, indicado em maio pelo governo federal ao comando companhia. Na segunda-feira (20/6), o então presidente José Mauro Coelho cedeu a pressões políticas e pediu demissão.
Paes de Andrade foi o quarto nome indicado por Bolsonaro para assumir a petroleira. A recomendação foi feita em maio deste ano, mas, para assumir o cargo efetivamente, ele precisa passar por checagem de currículo. Ao final, a assembleia dos acionistas tem que chanceler a indicação.
Secretário de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, o nome de Paes de Andrade foi patrocinado pelo ministro Paulo Guedes.
