“Cada vez mais, o Supremo, na verdade, interfere em tudo. Houve interferência agora nessa história do ‘orçamento secreto’, orçamento secreto publicado em Diário Oficial da União. Mas tudo bem”, disse o mandatário em entrevista ao Jornal da Cidade Online.
Orçamento secreto: entenda caso que envolve Congresso, Planalto e STF
Na última sexta-feira (5/11), a ministra do STF Rosa Weber concedeu uma liminar suspendendo o pagamento das emendas, por considerar que o regramento pertinente a esse tipo de emenda precisa de ampla publicidade, em plataforma centralizada.
Na segunda-feira (8/11), Bolsonaro havia criticado a ministra ao afirmar que algumas decisões atrapalham o andamento da nação. Sem citar nomes, ele também disse que, se alguns querem ser presidentes, “que se candidatem”.
“Os argumentos usados pela relatora no Supremo não são justos, dizer que nós estamos barganhando. Como posso barganhar, se o dono da caneta é o relator, é um parlamentar? Não é secreto porque está no DOU. Pelo que estou sabendo, o ministro Fux, na semana que vem, deve levar ao plenário para resolver essa questão”, disse Bolsonaro.
“Os poderes têm que ser respeitados, mas as decisões de alguns atrapalham o andamento da nação. Quem quer se presidente da República que se candidate”, finalizou.
Julgamento virtual
Em julgamento no plenário virtual do Supremo, quatro ministros já se manifestaram a favor da publicidade das emendas. Os ministros Luís Roberto Barroso, Cármen Lúcia e Edson Fachin acompanharam a relatora da ação e defenderam a adoção de ações de transparência para a execução dos recursos. Os ministros têm até a próxima quarta-feira (10/11) para votarem.