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O aumento da incidência do câncer está relacionado ao envelhecimento da população. Quanto mais o tempo passa, maior é a chance de desenvolver neoplasias, tumores que se formam devido à multiplicação anormal de células do corpo. De acordo com estimativas internacionais, de cada 10 casos de câncer diagnosticados, sete ocorrem em pessoas acima dos 65 anos.

Conseguir identificar a doença ainda no início aumenta as chances de sucesso no tratamento e possibilita a utilização de métodos menos invasivos para lidar com o problema. A oncologista Janyara Teixeira de Souza e Silva destaca a importância do rastreamento para o diagnóstico dos tumores mais comuns.

O rastreamento consiste na realização de exames periódicos considerados prevenção secundária para os tumores mais comuns. A precaução primária está relacionada ao estilo de vida e à manutenção de hábitos que colaboram para o bom funcionamento do organismo.

“Além de conhecer o próprio corpo, de estar atento a qualquer sintoma novo, as pessoas devem recorrer a exames periódicos para checar como está a saúde”, explica Janyara, que atende na Rede D’Ór, em Brasília.

Os cânceres de maior incidência na população são os melanomas (de pele), de pulmão, de mama, de próstata e colorretal. Excluindo o primeiro, os outros quatro podem ser identificados por exames de rastreio que devem ser feitos periodicamente a partir de uma certa idade. “Os testes devem ser realizados mesmo sem sintomas, eles funcionam como uma espécie de busca ativa para assegurar a saúde dos pacientes”, conta a médica.

1. Câncer de pulmão

Sintomas mais comuns: tosse, escarros com sangue, falta de ar.
Rastreio: tomografia computadorizada de baixas doses (TCBD) – exame especializado para a busca deste tipo de câncer -, que deve ser feita uma vez por ano em quem fuma há 30 anos ou tenham parado de fumar depois deste tempo de tabagismo. A rotina deve se estender até os 74 anos.

2. Câncer de próstata

Sintomas mais comuns: próstata aumentada, retenção urinária, jato de urina diminuído, sangue na urina e disfunção motora.
Rastreio: a rotina de exames deve começar aos 55 anos, com exame de toque, e níveis de PSA (Antígeno Específico da Próstata, na sigla em inglês) verificado por meio de exame de sangue.

3. Câncer de mama

Sintomas mais comuns: nódulo na mama, na axila, mamilo retraído e secreção no mamilo.
Rastreio: caso não haja sintomas, a rotina de exames deve começar aos 45 anos, sendo realizados uma vez por ano. A partir dos 55 anos, as mamografias podem ser repetidas de dois em dois anos, caso não haja sintomas.

4. Câncer colorretal (ou câncer de intestino)

Sintomas mais comuns: dor abdominal, anemia, mudanças no ritmo intestinal, perda de peso sem razão.
Rastreio: pesquisa de sangue oculto nas fezes na rotina anual de exames e colonoscopia (exame de imagem) a cada cinco anos a partir dos 45 anos. (Metrópoles)

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