O vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) relatou, em depoimento à Polícia Civil, uma discussão com um assessor da vereadora Marielle Franco (PSol-RJ), assassinada em março de 2018. O filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL) foi ouvido na condição de testemunha pouco mais de um mês após o crime. Com informações de Metrópoles.

No depoimento, publicado em reportagem do portal UOL, o vereador afirmou que Marielle o chamou de “fascista” em entrevista a uma emissora espanhola. Incomodado, Carlos questionou o assessor da vereadora. A própria Marielle intercedeu, segundo ele, para acalmar os ânimos, “encerrando a discussão”.

O vereador disse ainda que mantinha um relacionamento “respeitoso e cordial” com Marielle, apesar das divergências políticas. Ele afirmou ter ficado sabendo do assassinato da vereadora pela imprensa.

Em 17 de abril, dias antes do depoimento do filho 02, uma pesquisadora declarou “que houve um desentendimento entre Carlos Bolsonaro e um dos assessores de Marielle”. A mulher confirmou a intervenção da vereadora carioca, “resolvendo o fato na época”.

No dia seguinte, uma advogada disse, também em depoimento, se recordar que uma pessoa ligada a Carlos Bolsonaro “fez uns comentários desrespeitosos para um dos assessores de Marielle”. Em seguida, Carlos e Marielle teriam tentado interferiram para acalmar o “ânimos exaltados”.

O pai de Carlos, Jair Bolsonaro, foi citado nominalmente em inquérito do duplo homicídio da vereadora. De acordo com reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo, o porteiro teria identificado a voz do “seu Jair” no interfone, permitindo a entrada de Élcio Queiroz no condomínio.

Bolsonaro, porém, estava em Brasília no dia do crime e registrou presença na Câmara dos Deputados. O presidente nega qualquer tipo de envolvimento no assassinato do caso Marielle.

Artigo anteriorMP abre procedimento para acompanhar mortes de acusados de tráfico mortos em troca de tiros
Próximo artigoPrefeitura de Parintins define ações para a temporada de transatlânticos