O maquiador Marlisson Vasconcelos Dantas, preso sob suspeita de integrar uma suposta “seita religiosa” junto com outros quatro acusados, será liberado da prisão nesta quinta-feira após decisão do juiz Rivaldo Matos Norões Filho, do Tribunal de Justiça do Amazonas. Marlisson será monitorado por tornozeleira eletrônica e está proibido de manter qualquer tipo de contato com os demais investigados ou testemunhas do Caso Djidja Cardoso. Além disso, ele não poderá frequentar as dependências da rede de salões Belle Femme.

A prisão preventiva de Marlisson foi cumprida no dia 31 do mês passado, quando ele se apresentou ao 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP) acompanhado pelo delegado Cícero Túlio e seu advogado Lenilson Ferreira. O maquiador não falou com a imprensa, mas seu advogado explicou que a demora para a entrega foi devido ao medo e à falta de acesso ao requerimento de prisão.

Marlisson é suspeito de estar envolvido na morte da empresária Djidja Cardoso, ex-sinhazinha do Boi Garantido. Junto com ele, Ademar Farias Cardoso Neto, Cleusimar Cardoso Rodrigues, Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva foram presos. A decisão de liberar Marlisson foi tomada após análise dos fatos, permitindo que ele aguarde as investigações em liberdade.

O advogado Lenilson Ferreira afirmou que a justiça considerou que Marlisson poderá se defender de forma adequada em liberdade. “A decisão foi tomada pela justiça após análise dos fatos apresentados, comprovando que ele poderá aguardar o desenrolar das investigações em liberdade”, disse Ferreira.

Marlisson alega inocência, negando participação no consumo de drogas e qualquer envolvimento na suposta “seita religiosa” da família Cardoso. “Ele nega todas as acusações sobre aplicar esses medicamentos. Ele não era usuário dessa substância e também não disse se era obrigado a fazer algo em relação a isso. É importante salientar que ele não estava na casa em que Djidja foi encontrada morta; ele foi após saber de sua morte e acabou sendo agredido pela família”, finalizou o advogado.

Ademar Farias Cardoso Neto, irmão de Djidja, Cleusimar Cardoso Rodrigues, a mãe, e as funcionárias do salão, Verônica da Costa Seixas e Claudiele Santos da Silva foram presos na tarde do dia 30 e encaminhados para audiência de custódia no Fórum Ministro Henoch Reis. O resultado da audiência ainda não foi divulgado.

Durante as investigações, foram apreendidas diversas caixas de drogas sedativas de uso humano e veterinário, seringas, tubos de coleta de sangue, cadernos, documentos e um computador nas três unidades do salão de beleza da família e em uma clínica veterinária.

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