Um dos laudos mais esperados no “Caso Flávio” era o de DNA (sangue). Se o sangue próximo da mesa, no chão e na divisória da cozinha fossem do engenheiro Flávio Rodrigues dos Santos, de 42 anos, confirmaria a versão de que ele teria sido morto na casa no Condomínio Passaredo. Mas o resultado final apontou que o sangue era realmente de Alejandro Molina.

Conforme o exame de DNA, o sangue encontrado na cadeira, no rodapé do balcão da cozinha e nas proximidades do balcão pertencem a uma única pessoa: Alejandro Molina.

Apesar da importância desse resultado, ela é omitida nas conclusões apresentadas no relatório final do inquérito e será questionada pela defesa como uma espécie de direcionamento e distorção dos fatos pela autoridade policial. A conclusão se resume em citar um único trecho da perícia que diz “…a falta de isolamento e preservação do local, inferem os peritos criminais a impossibilidade de se deliberar quanto à dinâmica do evento”.

Alejandro estava sentado na cabeceira da mesa quando foi ferido pelo sargento da PM Elizeu da Paz no lado direito da cabeça e começou a sangrar. O sangue na divisória da cozinha que ficava ao lado da mesa e o chão ao redor correspondem com o sangramento de Alejandro e sua posição na casa no momento da invasão.

Resultado com objetivos políticos

Mesmo sem qualquer prova ou declaração que aponte Alejandro como autor da morte de Flávio, a Delegacia Especializada em Homicídios e Sequetros incluíram seu nome ao lado de Elizeu e Mayc Vinícius Teixeira Parede, como autores, o acusando ainda de tentativa de homicídio contra Elielton Magno de Menezes Gomes Junior, que nunca fez essa acusação contra ele.

Alejandro já estava ferido quando Magno correu para o lado de fora da residência e se deparou com Mayc.

Afirmações como essa, sem as devidas provas, mostram que o indiciamento tem sérias intervenções políticas, já que apenas as pessoas ligadas ao prefeito Arthur Neto foram indiciadas. Além dos réus confessos Mayc e Elizeu, também foram indiciados Alejandro, Del Gatto e Paola Molina. As demais foram liberadas.

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