A Diretoria de Inteligência da Polícia Civil investiga os celulares dos envolvidos na morte de Isabele Ramos, 14 anos, e já constatou que algumas mensagens trocadas por eles foram apagadas no dia do crime. As informações são do G1.

A jovem foi morta no dia 12 de julho por um suposto tiro acidental na cabeça, disparado pela amiga em um condomínio de luxo em Cuiabá. A extração de dados foi autorizada após a quebra de sigilo telefônico.

A suspeita é de que as conversas tenham ligação com a morte de Isabele. No celular do namorado da amiga que atirou e no do irmão dele, foram identificadas trocas de mensagens sobre o crime.

Em algum momento, o irmão do namorado da amiga questiona se a bala acertou alguém. O jovem diz: “A guria morreu”. Em outra conversa, o rapaz fala para o irmão salvar conversas importantes, porque acredita que tentariam responsabilizá-lo pela morte da jovem.

O delegado estima que o inquérito seja concluído em 10 dias após o lado pericial da reprodução simulada dos fatos.

Reconstituição

A entrega do laudo de reprodução será o ponto de partida para a análise de todos os laudos periciais produzidos (como necropsia, local do crime, confronto balístico e reprodução simulada), depoimentos, relatório de vídeos e imagens e outros atos investigatórios.

O advogado da adolescente que efetuou o disparo, Rodrigo Pouso, afirmou que o pai da jovem pediu para que a filha guardasse a arma no andar superior da residência deles. Entretanto, uma das armas, que estava carregada, caiu no chão, e a adolescente tentou pegar, mas o objeto acabou disparando.

A suposta autora do crime nega que brincava com a arma ou que tentou mostrar o objeto para a amiga.

O Laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), no entanto, apontou que a pessoa que matou Isabele estava com a arma apontada para o rosto da vítima, a uma distância entre 20 e 30 centímetros.

O documento informou que Isabele estava no banheiro da suíte, na parte superior da casa da amiga. Em algum momento, o atirador entrou no banheiro com a pistola apontada para a vítima e acionou o gatilho. A vítima foi atingida no nariz pelo tiro. O laudo, portanto, concluiu que o tiro não foi acidental.

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