Os investigadores do assassinato da vereadora Marielle Franco e do seu motorista Anderson Gomes querem escutar novamente o porteiro do condomínio Vivendas da Barra, onde os dois suspeitos do crime se encontraram no dia do assassinato.

A intenção é apurar se o funcionário do local cometeu falso testemunho ao afirmar que o ex-PM Élcio de Queiroz obteve autorização do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que também tem casa no condomínio, para entrar no espaço. As informações são do Globo.

De acordo com o porteiro, Élcio teria dito que ia para a casa 58, onde reside o presidente, no dia do assassinato da vereadora. Ele também comentou que uma pessoa que se identificou como “seu Jair” teria liberado a entrada do ex-PM.

A versão do funcionário do Vivendas da Barra, no entanto, foi contradita por registros da Câmara e pelo Ministério Público. Ainda deputado federal na época, Bolsonaro estava em Brasília no dia do crime. Além disso, as gravações dos áudios da portaria indicam que Élcio obteve a autorização do ex-sargento da PM Ronnie Lessa, também suspeito de ter assassinado Marielle.

Presidente conseguiu os áudios

O presidente Bolsonaro contou neste sábado (2) que pegou os áudios das ligações realizadas entre a portaria e as casas do condomínio, antes que as gravações fossem “adulteradas”, mas não explicou quando teria retirado os arquivos da portaria.

A fala provocou reações na oposição, que planeja protocolar uma representação contra o presidente por obstrução de Justiça. (Congresso em Foco)

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