Esta semana, teve início a operação Chibatão em Movimento no Píer Flutuante Provisório do Grupo Chibatão, em Itacoatiara, com a atracação do navio Log-In Jacarandá, carregado com 1.032 contêineres. A operação, que envolve a transferência de 360 contêineres para balsas, marca um avanço significativo para a logística no Amazonas, garantindo o fluxo de mercadorias essenciais em meio à estiagem severa que afeta a região.

De acordo com Jhony Fidelis, diretor executivo do Grupo Chibatão, o píer flutuante é uma resposta direta aos desafios climáticos e logísticos enfrentados pelo estado. “Esta operação é resultado de um grande esforço coletivo para garantir que o comércio e a indústria do Amazonas continuem operando sem interrupções, mesmo durante a crise hídrica. O legado do nosso fundador, o senhor Passarão, nos motiva a buscar sempre soluções inovadoras e sustentáveis para a região”, afirmou Fidelis.

O píer, com 277,5 metros de extensão, foi projetado para operar em áreas de baixa profundidade, permitindo que o transporte de mercadorias continue fluindo, mesmo com a redução dos níveis dos rios. A estrutura faz parte de um plano logístico que visa minimizar os impactos da estiagem na economia do Amazonas, assegurando o abastecimento da Zona Franca de Manaus e do comércio local.

Para Marcelo Augusto Calbo Garcia, auditor-fiscal da Receita Federal e Delegado da Alfândega do Porto de Manaus, a operação é um marco de inovação. “Estamos muito satisfeitos com o atendimento de todas as solicitações. A autorização foi, sem dúvida, uma decisão acertada, e a operação se mostrou um sucesso. A Receita Federal continuará realizando visitas, garantindo a fiscalização presencial, além do monitoramento remoto, assegurando lo bom funcionamento de toda a operação.”

Benefícios Econômicos e Sociais
A operação do píer flutuante não apenas mantém a eficiência logística do Amazonas, mas também traz importantes benefícios econômicos e sociais. A transferência de contêineres garante o abastecimento contínuo de produtos e insumos, essenciais tanto para o comércio quanto para a indústria. Além disso, a estrutura evita que os efeitos da seca prejudiquem o cotidiano das famílias amazonenses, assegurando o fornecimento de bens essenciais.

Santos Neto, comandante do Log-In Jacarandá, elogiou a eficiência da operação: “Embarcamos numa experiência inédita e navegamos por 36 horas. Durante toda a viagem, conversamos bastante, eu com a tripulação e os práticos, sempre refletindo: ‘Como será?’ E a principal questão que sempre colocamos em mente foi: em primeiro lugar, vamos garantir a segurança. Segurança para o meio ambiente, para a tripulação e em todos os aspectos. Esse foi o nosso foco desde o início.”

Colaboração Interinstitucional
A realização da operação foi possível graças à colaboração entre diversas entidades, incluindo a Receita Federal, a Marinha do Brasil, a Suframa, o IPAAM, a CDL-Manaus, a ANTAQ, o CIEAM, o DNIT, a Sedecti-AM, a SPU, a Eletros e as praticagens ZP1 e ZP2.

Alexandre Ramos Albuquerque, prático da ZP1, destacou o desafio de operar em condições de baixa profundidade: “Essa manobra foi desafiadora e facilita o abastecimento de toda a região Norte. Ela foi idealizada pelo pessoal do terminal e da praticagem, e já vem sendo estudada e aprimorada há bastante tempo. Hoje, a principal preocupação da praticagem foi garantir a segurança da navegação, do terminal, do meio ambiente, e das pessoas envolvidas.”

O projeto do píer flutuante, iniciado em janeiro de 2024, foi uma resposta imediata à seca que atingiu a região em 2023, causando prejuízos ao comércio e à indústria local. A expectativa é que a estrutura continue a operar durante todo o período de seca, garantindo que o fluxo de mercadorias seja mantido.

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