Keitton Pinheiro (PP) é o novo prefeito do município de Coari. Alguma novidade? Não.

Apenas confirma a hegemonia, o poder e a força política da família Pinheiro em Coari, sob o comando de Adail Pinheiro, um personagem simplório e controverso,  mas que tem na retaguarda incrível e inabalável apoio popular.

Keitton conquistou o mandato de prefeito com mais de 50% dos votos válidos contabilizados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em eleição suplementar conturbada disputada com o empresário Robson Tiradentes, autor da ação que cassou o diploma do prefeito eleito em 2020, Adail Filho, que é seu primo.

Durante o processo eleitoral o que não faltou de ambos os lados foi casca de banana – um ardil retrógrado que contaminou a disputa e ameaçou transformá-la num picadeiro promíscuo de baixeza diametralmente contrários à ortodoxia republicana e à democracia.

Keitton vence a eleição com o apoio eminentemente popular, sem o apoio do governo e dos mais medias que atuaram pesado contra a sua eleição. Politicamente, Keitton se viabiliza para o desempenho do cargo.

Mas não é suficiente.

Sem o apoio do governo, keitton poderá encontrar algumas pedrinhas incômodas no meio caminho, digamos assim, que podem atrapalhar a sua caminhada.

Logo, o primeiro caminho a percorrer é o do Palácio da Compensa para tentar aparar as arestas que vão incomodar por muito tempo o governador Wilson Lima, cabo eleitoral do candidato derrotado Robson Tiradentes, dono do cofre que, junto com o governo federal, repassa para Coari R$ 200 milhões.

Resultado obtido aos 86% dos votos apurados

Keitton Pinheiro (Progressistas) 53,26

Robson Tiradentes Jr. (PSC) 35,21%

Zé Henrique (PL) 11,04%

Mil Mitouso (Avante) 0,49%

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