Durante o último final de semana, o deputado Comandante Dan (Podemos) se encontrou com o ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e o advogado-geral da União, Jorge Messias. O encontro aconteceu em razão da participação de ambos na 7ª Conferência de Liderança Política da Assembleia de Deus no Amazonas. Na oportunidade, o parlamentar questionou sobre as ações que podem ser desenvolvidas no Estado, tendo em vista a questão das mudanças climáticas e da insegurança alimentar da população amazonense.

“Não há como encontrar o ministro responsável pelo combate à fome no Brasil e não lembrar que dois milhões de amazonenses, mais de 42% dos nossos cidadãos, vivem em insegurança alimentar. Q uando falamos de insegurança alimentar grave, onde está a fome, subimos para o segundo maior percentual de domicílios afetados no país em 2023, 9,1%, atrás apenas do Pará, com 9,5%”, enfatizou o deputado. Ele considerou que o anúncio de mais um fenômeno hidrológico, uma nova seca recorde já prevista para o segundo semestre deste ano, deve agravar a insegurança alimentar da população.

Dan Câmara declarou que há um processo de aproximação do Governo Federal para o alcance de benefícios ao Amazonas. “Queremos uma relação republicana e transparente com a União. A missão de preservar a Amazônia passa obrigatoriamente pela sustentabilidade e hoje quase metade da população do maior Estado da região vive algum tipo de insegurança alimentar. Não há sustentabilidade, nem cidadania, que resista à fome”, afirmou.

O deputado também relacionou os altos índices de violência no Amazonas às condições precárias de vida dos amazonenses. “Sem a presença efetiva do poder público, abrem-se flancos para o crime organizado ocupar espaço. Hoje, nossos jovens estão em muitas cidades do interior e em muitos bairros de Manaus, à mercê de narcotraficantes. Segurança não se faz somente com polícia e repressão, mas é uma construção sedimentada com cidadania”, acentuou.

O parlamentar avaliou o encontro como proveitoso e disse perceber o ministro Wellington Dias muito sensível à causa. “Vamos à Brasília para saber o quê e como o Ministério pode fazer em favor de nossa gente”, finalizou.

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