Quando o brasileiro já estava se acostumando com o dólar alto e os juros baixos, o cenário muda em ambos os sentidos: dólar para baixo e juros para cima. Desde o último aumento da Selic, com a economia crescendo acima do esperado e o PIB aumentando, finalmente o real está valorizado.
Com a taxa de câmbio tão baixa e com tendência de queda acentuada, esse é o momento mais propício de pagar as contas em dólar. Seja o curso no exterior ou algum serviço contratado. A conta é simples: você precisa de menos reais para pagar uma fatura em dólar, do que precisava há um mês. Mas, atenção, pois ninguém disse que o dólar não vai cair ainda mais. Se depender da taxa de juros no Brasil, vai, sim, e aí você pode aguardar mais um pouco para fazer qualquer movimentação.
E sobre comprar dólares ou euros para guardar? Também é um bom momento, já que ambas as moedas estão em níveis baixíssimos perante ao real. A sugestão é que você sempre faça um preço médio, ou seja, divida o lote que vai adquirir em três e compre em três momentos diferentes. Assim, não pegará a mínima, mas também não vai pagar caro.
Quanto a investir, tudo vai depender do seu apetite ao risco. Se for baixo, melhor ficar no pré-fixado, atrelado ao CDI, afinal, com os próximos aumentos da taxa de juros, a sua posição estará protegida e rendendo acima da inflação.
Não vamos esquecer que esse câmbio baixo pode não se sustentar no longo prazo. Ainda estamos em plena pandemia e em meio a muitas incertezas. Se o governo acelerar as reformas e continuar fazendo a lição de casa, o real estará cotado dentro da realidade e com o risco-país mais baixo. Além disso, é claro que esses juros quase zero nos Estados Unidos vão trazer muitos investidores para cá. Sim, é para se pensar!
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