O Conselho Federal e a Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil cobrou neste sábado (28/5) a prisão dos policiais rodoviários federais envolvidos na morte Genivaldo de Jesus Santos, 38 nos, na última quarta-feira (25).
Em nota divulgada neste sábado, os órgãos manifestaram indignação com a morte, durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal no município de Umbaúba (SE).
“O Conselho Federal e a Seccional de Sergipe da Ordem dos Advogados do Brasil manifestam indignação pelo assassinato de Genivaldo de Jesus Santos, praticado com fortes indícios de tortura, e atuarão diretamente no caso para cobrar das autoridades as providências cabíveis, inclusive prisão cautelar dos envolvidos”, afirmou a nota, assinada pelo presidente em exercício do Conselho Federal da OAB, Rafael Horn; o presidente da OAB-SE, Danniel Costa; o procurador-geral do Conselho Federal da OAB, Ulisses Rabaneda e Silvia Souza, presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB.
Entenda o Caso
Antes de os policiais rodoviários federais levarem Genivaldo de Jesus Santos ao hospital, testemunhas afirmam que ele foi agredido por cerca de 30 minutos. A vítima morreu na última quarta-feira (25) na cidade sergipana de Umbaúba após ser colocada num carro da corporação com gás lacrimogêneo.
A abordagem a vítima ocorreu no local chamado Posto Reforço, onde funcionam oficinas de automóvel, onde foi imobilizado e atingido com spray de pimenta nos olhos e, em seguida, acabou jogado ao chão.
As testemunham afirmam ainda que depois de receber alguns golpes, como chutes, foi colocado na viatura, onde um dos policiais jogou gás e mais spray de pimenta. Genivaldo, então, começou a se debater com os pés para fora da viatura pedindo socorro.
As pessoas que testemunharam fato dizem ainda que Genivaldo ficou por cerca de 15 minutos trancado dentro do porta-malas depois de ter inalado o gás jogado no interior da viatura.
O fato ocorre por volta das 11h do dia 25, Genivaldo foi abordado por três policiais rodoviários no km 180 da BR-101, em Umbaúba; segundo depoimento registrado no boletim de ocorrência (BO), os agentes o pararam por não usar capacete enquanto dirigia uma motocicleta.
No boletim de ocorrência, os policiais dizem que o homem teve um “mal súbito” no trajeto para a delegacia e foi levado para o Hospital José Nailson Moura, no município, onde morreu por volta das 13h.