Não são poucas as crianças que nascem no Brasil com problema de cardiopatia congênita, defeitos cardíacos presentes desde o nascimento. Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada 100 crianças nascidas no Brasil apresenta um quadro de cardiopatia congênita: uma má formação no coração. A doença afeta cerca de 29 mil crianças a cada ano e a maioria precisa de cirurgia já no primeiro ano de vida.

No Amazonas, a situação não é diferente, mas é alarmante porque a falta de recursos para a construção de mais centros cirúrgicos cardíacos acabam ocasionando a morte da maioria.

A vereadora Mirtes Salles (PL) esteve reunida com o presidente da Associação de Pais e Amigos de Crianças Cardiopatas do Amazonas (APACC-AM), Dione Carvalho, que há 15 anos está à frente da Associação, e durante o encontro informou que irá destinar recurso de emenda parlamentar para apoiar a entidade.

“O resultado dos desvios da verba da saúde nos últimos anos é o acumulo na fila de cirurgias de crianças cardiopatas no Amazonas. Sem dúvidas, o dinheiro que entrou pra verba da saúde no Estado por muitos anos foi desviado e deixou de chegar a sua finalidade, resultando numa fila imensa de pessoas que precisam de cirurgias.

A parlamentar disse ainda que esse caos da saúde pública no Amazonas se deve a operação Maus Caminhos e afirmou que as crianças cardiopatas precisam ser enxergadas pelo poder público. “Essa operação, a Maus Caminhos, não revelou apenas o desvio de verbas na saúde, mas também gerou um acúmulo de cirurgias que culminaram nessa fila gigantesca, sentenciando a morte de 29 crianças cardiopatas só em 2019 e agente espera que nos próximos anos isso não continue acontecendo, criticou a vereadora.

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