Os advogados de defesa do ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, pediram ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o ministro Flávio Dino se declare impedido de analisar a denúncia, encaminhada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), contra o acusado de participar do assassinato de Marielle Franco.

Em documento enviado ao STF nessa terça-feira (4), a defesa do ex-delegado acusa o ministro do Supremo de ter atuado com “viés político” enquanto era o titular do Ministério da Justiça. Na época, Flávio Dino ordenou à PF a abertura do inquérito para investigar o assassinato da vereadora carioca e do seu motorista, Anderson Gomes.

“É certo que tal determinação tinha notório viés político, por se tratar de promessa de campanha do então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva”, argumentou a defesa de Rivaldo Barbosa.

Rivaldo Barbosa está preso desde 24 de março, e é apontado como um dos mandantes da morte de Marielle Franco ao ao lado do deputado federal Chiquinho Brazão e do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, Domingos Brazão.

Na delação premiada de Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle e Anderson, o ex-delegado é acusado de planejar o crime além de usar o seu poder de então chefe da Polícia Civil do Rio para proteger os irmãos Brazão, apontados como mandantes do assassinato.

Em depoimento à PF na última segunda-feira (3/6), Rivaldo Barbosa afirmou que não conhecia os irmãos Brazão e negou qualquer participação no crime.

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