Ao fim do terceiro dia de audiência de instrução nesta quarta-feira (18), a defesa do delegado Gustavo Sotero, requereu a revogação da prisão preventiva do acusado matar de matar a tiros o advogado Wilson Justo Filho, no Porão do Alemão, em novembro do ano passado. Mas o juiz Celso Souza de Paula, da 1ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, não atendeu ao pedido e abriu vista ao Mistério Público para se manifesta a respeito da revogação da prisão.
Contra o delegado pesa ainda a acusação de lesão corporal contra Fabíola Rodrigues Pinto de Oliveira, Maurício Carvalho Rocha e Iuri José Paiva Dácio de Souza. O crime ocorreu no dia 25 de novembro do ano passado, por volta das 3h, no Porão do Alemão.
Na saída da sala de audiência da 1ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Ministro Henoch Reis, o delegado Gustavo Sotero, preso há 235 dias, se pronunciou a primeira vez. Contou que no dia do crime, ele sofreu “agressão violenta” e, por isso, reagiu. Ele alega, ainda, que não conhecia nenhuma das vítimas que foram alvejadas.
“Eu levei uma agressão violenta, um soco violento e reagi a essa agressão em legítima defesa. Não conhecia o Wilson nem nenhuma vítima”, afirmou o acusado.
A defesa de Gustavo Soteto voltou a sustentar a tese de que ele agiu em legítima defesa. “Nosso objetivo é mostrar ao magistrado que ele agiu em legítima defesa, ele está convicto de que não tinha intenção desse resultado, o meu cliente nunca tinha se envolvido antes em outro crime”, afirmou a advogada.
O Ministério Público, autor da ação, está sendo representado pelo promotor de justiça Armando Gurgel Maia. O promotor está trabalhando com quatro advogados que se inscreveram para auxiliar na condição de assistentes de acusação (Leonardo Assis, José Alberto Simonetti Cabral, Catharina Estrella e Josemar Berçot).