O secretário de Estado da Educação, Luiz Castro, não aguentou a pressão para permanecer no cargo e pediu demissão. A delação do empresário Francisco Dantas, da Dantas Transportes, denunciando corrupção no contrato de R$ 46,6 milhões de transporte escolar que vai desde a prática de pagamento de “mensalinho” à propina a agentes políticos, teria levado o ex-deputado estadual a entregar a pasta que ocupava desde o inicio da administração Wilson Lima.

Luiz Castro entregou o cargo em reunião na tarde de terça-feira (27) na Sede do Governo onde estavam os deputados, Joana Darc (PL), Mayara Pinheiro (PP), Josué Neto (PSD), Adjuto Afonso (PDT), Felipe Souza, Álvaro Campêlo (PDT), Therezinha Ruiz (PSDB), Alessandra Campelo (MDB) e João Luiz e o vice-governador Carlos Almeida Filho (PRTB).

O ex-deputado disse que ia se afastar para se defender de acusações que considera injustas e para cuidar da saúde. O comunicado foi feito na sala do vice-governador no Palácio da Compensa.

Denúncia

Tudo isso, acreditem, escrito e denunciado ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) pelo procurador de Contas, Carlos Alberto Souza de Almeida.

De acordo com o documento representação enviado ao TCE, o procurador Carlos Alberto escancara com clara repulsa as falcatruas em forma de escandalosas transações com os recursos públicos desde a contratação do transporte rural com dispensa de licitação anuída pela Seduc.

“Há indícios que ‘lords’ de comunidades, longa manus de prefeitos locais, distribuem as ‘rotas’ para seus acólitos, amigos e parentes, num descarado aparelhamento político da atividade”, repudia o procurador Carlos Alberto.

Em depoimento prestado ao Ministério Público de Contas, o empresário Francisco Luiz Dantas da Silva, proprietário da empresa Dantas Transportes, contratado para atender a 21 municípios, afirma que, para fazer parte do “esquema”, é preciso se sujeitar a situações humilhantes, nada convencionas com a prática republicana.

À pretexto de dispensa de licitação alegada por agentes públicos, ele citou, por exemplo, ser obrigado a contratar sem a devida contraprestação do serviço pessoas que figuram como funcionário fantasma na empresa, além de pagar para agentes públicos até R$ 17 mil por veículos, condutores e combustível.

Segundo o procurador do Ministério Público de Contas, o secretário Luiz Castro foi intimado a dar explicação sobre as denúncias e que o mesmo, alegando incompatibilidade de agenda, ignorou o assunto.

Na vaga do homem de confiança da administração Wilson Lima, que desde a campanha caminhou ao lado do governador, deverá ser nomeado o ex-secretário municipal de Educação da gestão de Amazonino Mendes, Vicente Nogueira.

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