O deputado Dermilson Chagas voltou a se manifestar sobre “o caso Dantas”, desta vez no Facebook, o empresário do transporte escolar fluvial, que foi ao Ministério Público de Contas denunciar um suposto  esquema de propina pago a entes políticos  a partir de contratados sem licitação autorizado pela Seduc.

Depois de falar de um certo “silêncio cumplicioso”(?) de alguns para tentar minimizar as  provas de corrupção que envolvem os serviços de transporte contratados pela SEDUC, o parlamentar insinuou que a queda do ex-secretário de Educação, Luiz Castro, pode ter sido um conluio engendrado nos porões do Palácio da Compensa.

“Nem é de se duvidar, pois, dadas as circunstâncias inusitadas que envolvem as idas e vindas do caso, os ditos e os desmentidos do empresário-delator, Francisco Dantas, além da intimidade com que ele desfruta do poder, que tudo não tenha mesmo passado de um conluio engendrado nos porões do palácio da Compensa”, comenta na rede social.

De acordo com a percepção do parlamentar, o silêncio que gravita em torno das declarações do empresário cheira oportunismo político arquitetado por alguém com maior poder hierárquico que se aproveitou do momento para se livrar do ex- secretário e aliado (seria o governador?).

“Apesar da troca de secretário, as causas (que causas, por acaso seria o mensalinho?) persistem na SEDUC. A empresa Dantas continua o seu trabalho sujo, e tudo ocorre como se nada houvesse de podre naquela pasta”, dispara Dermilson.

Lei texto do deputado na íntegra

Dermilson Chagas

Caso Dantas, silêncio de quem?

Parece assistir alguma razão a quem suspeita de que o caso Dantas possa ter sido usado para derrubar politicamente o ex-secretário da SEDUC, Luiz Castro, embora as análises não se ofereçam para indicar a quem interessa ou a quem tal manobra possa beneficiar. Nem é de se duvidar, pois, dadas as circunstâncias inusitadas que envolvem as idas e vindas do caso, os ditos e os desmentidos do empresário-delator, Francisco Dantas, além da intimidade com que ele desfruta do poder, que tudo não tenha mesmo passado de um conluio engendrado nos porões do palácio da Compensa.

Há razão, sim, e ela cheira a lance de oportunismo político onde alguém, de maior poder hierárquico, apenas se aproveitou do momento recheado de inúmeras denúncias de corrupção envolvendo aquela secretaria para se livrar do ex- secretário e aliado, como se apenas nela existissem graves problemas de gestão.

Certo mesmo, há de se admitir, é que, apesar da troca de secretário, as causas persistem na SEDUC, a empresa Dantas continua o seu trabalho sujo, e tudo ocorre como se nada houvesse de podre naquela pasta. E isso, apesar de todas as denúncias feitas por mim aos órgãos competentes, e mesmo após elas terem sido confirmadas pelo próprio delator ao procurador do TCE, pai do vice-governador do Estado. E se há o óbvio silêncio daqueles que nada desejam esclarecer, também não há como ignorar-se a persistência com que a oposição diuturnamente tem se dedicado a cobrar dos Ministérios Públicos, estadual e federal, e do Tribunal de Contas do Estado, as providências que o caso exige.

Menos ainda pode se prestar o silêncio cumplicioso de alguns, para se tentar minimizar as robustas provas de corrupção que envolvem os serviços de transporte contratados pela SEDUC, jogando a todos na vala comum da generalização de um crime reprovável, e pela qual não se faz a devida, justa e indispensável distinção entre os que lucram com as fraudes e aqueles que as combatem.

No resumo da semana, contrariando quem tudo aposta no silêncio, denunciei Alex, esposo da Subsecretária da Capital, da SEDUC, Sra. Ana Maria, que intermedeia os contratos da Dantas com aquela secretaria e “controla” os valores que deveriam ser pagos às prestadoras de serviços terceirizados, e requeri à Comissão de Educação, Deputada Terezinha Ruiz, a presença do novo secretário para prestar esclarecimentos à ALEAM sobre o próprio caso Dantas, além de outros igualmente graves que ocorrem na merenda escolar, notas frias para desvio de combustíveis e nas reformas das escolas da capital e do interior do Estado.

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