No campo da educação, muitas vezes, quando lermos um bom livro queremos logo saber quem é o seu autor. Outras vezes, o processo funciona ao contrário: lemos determinado livro porque já conhecemos o seu autor.
Disso decorre uma verdade indubitável: nunca devemos julgar um livro pela capa, e nem um autor pelo nome. Como o conhecimento humano não tem fronteiras, quando fazemos isso estamos desperdiçando uma grande oportunidade de ampliar nossos horizontes intelectuais.
Portanto, um dos maiores desafios da educação contemporânea talvez seja esse: a capacidade de fazer escolhas. No meio de tantas possibilidades, como ensinar uma criança, um adolescente, um jovem a optar pela verdade? Como ensiná-los a fazer a melhor escolha? Se a vida é feita de escolhas, como ensiná-los a escolher sempre o bem?
Os psicólogos ensinam que há uma angústia presente na necessidade de fazer escolhas e, mais ainda, ter de aceitar o resultado daquilo que se escolheu. Vivemos num mundo onde somos “obrigados”, a todo o momento, a escolher. O melhor de tudo isso é que toda escolha é sempre uma forma de renovação.
Diante de um mundo tão polarizado, oriundo do fenômeno das redes sociais, da computação móvel e da hiperconectividade, o ser humano deve escolher sempre aquilo que lhe faz bem, aquilo que lhe deixa feliz. No entanto, essa escolha não pode trazer prejuízo nem a si mesmo e nem ao outro.
Segundo os filósofos “somente o ser humano é capaz de escolha”. Enquanto “ser que escolhe”, ele pode errar. No entanto, esse erro não é propriamente um erro. É parte integrante do processo de aprendizagem. Ou seja, aprende-se muito mais com os erros do que com os acertos.
O escritor alemão Johann Wolfgang von Goethe dizia que “Quem decide pode errar, mais quem não decide já errou”. Ou seja, para ele não podemos ficar encima do muro. Embora sabendo que, muitas vezes, algumas decisões nos machucam, temos que decidir.
Todo o conhecimento produzido atualmente, como por exemplo, a inteligência artificial, os robôs e a automação, apontam para uma única direção: a consciência humana. E sabe o que isso significa? Toda decisão deve ser tomada tendo como base a ética e a liberdade. Ética e liberdade são os pilares de todo profissional de sucesso, de uma vida feliz.
Quando você for tomar uma decisão tenha sempre em mente os seguintes princípios: nunca deixar-se levar pelas emoções; coloque-se sempre no lugar do outro; tenha sempre em vista o compromisso com a vida, com a palavra, com a ética.
Dessa forma, é tão grande a ignorância e a tendência ao erro em todos os homens, mas, especialmente, naqueles que não adotam a ética em suas decisões. Enfim, somente os loucos, os bêbados, os ignorantes, não escolhem.
Escolha ser a sua melhor versão! Escolha fazer o bem! Escolha viver em paz! Escolha ser feliz!
Luís Lemos
Filósofo, professor universitário e palestrante. Autor dos livros: O primeiro olhar – A filosofia em contos amazônicos (2011), O homem religioso – A jornada do ser humano em busca de Deus (2016); Jesus e Ajuricaba na Terra das Amazonas: Histórias do Universo Amazônico (2019). Fone: 988236521. E-mail: [email protected]