A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa-Manaus), realizará, nesta sexta-feira (6), a Programação Alusiva ao Dia Nacional de Combate ao Aedes aegypti, que no resto do país será promovida no sábado no dia 7 de dezembro. A ação em Manaus acontece simultaneamente em outras 44 cidades amazonenses, onde há presença do mosquito transmissor de dengue, zika e chikugunya.

Em Manaus, a programação inclui uma mobilização de educação em saúde, Largo da Gruta, em frente à igreja de Nossa Senhora de Lourdes, na rua Dom Milton Correia Pereira, a partir das 8h30. Também haverá concentração de agentes de endemias que irão realizar visita domiciliar executada por agentes de endemias para orientação à população e tratamento, eliminação ou inutilização de criadouros do mosquito Aedes.

A diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, alerta que estamos no início da sazonalidade das doenças e as intensas chuvas, comuns nesta estação climática, despertam o aumento de risco. “Nós precisamos do apoio de todos no combate ao mosquito, que não permitam depósitos com água parada no ambiente doméstico e no trabalho. Juntos, podemos evitar que a doença atinja seus familiares e vizinhos”, afirma a diretora-presidente da FVS-AM.

Rosemary ressalta que o Amazonas precisa ficar atento à doença, uma vez que o País vive uma epidemia de dengue. “O Brasil está vivenciando uma grande epidemia de dengue, mas não podemos deixar isso acontecer aqui, por isso é tão importante a checagem uma vez na semana para eliminação de depósito com água, porque a melhor forma de combater é não permitir que o mosquito se reproduza”, orienta a diretora-presidente da FVS-AM.

Pela primeira vez – Nos dias 4 e 5 de dezembro, a FVS realizou o 1º Seminário Estadual de Vigilância e Controle de Arboviroses no Amazonas. A ação fez parte da programação nacional de combate ao Aedes aegypti. O evento contou com a participação de representantes de 34 municípios prioritários, considerando a infestação (presença) pelo Aedes aegypti.

Durante o evento Rosemary destacou a parceria de órgãos e os resultados positivos no combate ao mosquito. “Seduc e a Defesa Civil do Amazonas são parceiros essenciais nessa ação contínua de promover saúde e evitar o adoecimento. Neste momento, reconhecemos o esforço das instituições selecionadas para o fortalecimento do Programa Estadual de Brigadas contra o Aedes aegypti do Amazonas”, disse Rosemary.

Para a coordenadora do Programa Saúde nas Escolas da Secretaria de Estado de Educação, Delta Segadilha, a iniciativa demonstrou que o trabalho está no caminho certo. “O Programa das Brigadas Escolares em Manaus está consolidado. O nosso desafio é ampliar para o interior a experiência exitosa da capital. Iniciamos esse processo durante o ano e implantamos as brigadas em 12 municípios. A meta é que até o próximo ano os demais sejam contemplados”, disse Segadilha.

Casos das doenças – O último levantamento epidemiológico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti divulgado pela FVS-AM, na terça-feira (03/12), alerta para o aumento nos números de casos das doenças até novembro de 2019. Há redução nos casos de zika, uma das doenças transmitidas pelo mosquito. Já chikugunya e dengue apresentam aumento no período.

Até novembro de 2019, houve redução de 75% nas notificações de zika, com 113 casos neste ano, contra 458 no mesmo período de 2018. Dengue apresenta um aumento de 4% nas notificações, com 4.781 casos neste ano, contra 4.561 no mesmo período do ano passado.

A febre chikungunya aumentou 2%: foram 191 casos em 2019, contra 186 notificações no ano passado.

LIRAa – O diretor técnico da FVS-AM, Cristiano Fernandes, destaca que o terceiro Levantamento Rápido de Índice de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) do Amazonas aponta que o estado apresenta médio risco para doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, com índice predial de 1%. Duas cidades amazonenses foram classificadas de alto risco: São Gabriel da Cachoeira e Tefé. “A atenção deve ser reforçada nas cidades classificadas de alto risco”, disse.

Conforme a FVS-AM, 17 municípios alcançaram o índice de 1% ou superior, o que significa médio risco. São eles: Benjamin Constant, Barcelos, Boca do Acre, Carauari, Coari, Guajará, Humaitá, Itacoatiara, Jutaí, Lábrea, Manaus, Maués, Novo Airão, Novo Aripuanã, Tabatinga, Tapauá e Tonantins.

Apenas 19 cidades do Amazonas estão com índice de infestação predial inferior a 1%, o que significa baixo risco, tais como: Anori, Apuí, Alvarães, Autazes, Beruri, Boa Vista do Ramos, Borba, Careiro, Codajás, Iranduba, Japurá, Manacapuru, Nhamundá, Nova Olinda do Norte, Parintins, Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva, Santo Antônio do Içá e Urucurituba.

O boletim aponta, ainda, que sete municípios não realizaram o terceiro LIRAa: Eirunepé, Fonte Boa, Itapiranga, Manaquiri, Manicoré, Santa Isabel do Rio Negro, São Paulo de Olivença.

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