Doze deputados são contra a instalação de câmeras, microcâmeras e áudios dentro das viaturas do Ronda no Bairro, Polícia Militar do Amazonas, eles mantiveram o veto do Executivo que barrou o projeto aprovado na Assembleia Legislativa do Amazonas ano passado de autoria do ex-deputado Marcelo Ramos (PSB). Apenas oito parlamentares votaram nesta segunda-feira contra o veto do governador José Melo (PROS) que é contra a instalação do equipamento, Vicente Lopes e Wanderley Dallas (PMDB), Alessandra Campelo (PC do B), Dermilson Chagas (PDT), Luís Castro (PPS), Francisco Souza (PSC) e os dois do Partido dos Trabalhista José Ricardo e Sinésio Campos.

Hoje estavam presentes no momento da votação no plenário 20 deputados. Na discussão, o líder do PMDB, Vicente Lopes declarou que o partido era contrário ao veto. Ele sustentou que a medida não significaria perseguição aos policiais. "Queremos que a população seja protegida", afirmou, lembrando o caso do Rio de Janeiro, onde foi mostrado um ato de arbitrariedade de policiais, revelado pelas câmaras da viatura.

Na votação o nono voto com a minoria dos parlamentares que foram contra o veto do governador José Melo e queriam a instalação das câmeras nas viaturas da PM, seria do deputado e ex-prefeito Serafim Correa, do partido do ex-deputado Marcelo Ramos (PSB), autor do projeto, mas ele se posicionou com os governistas e votou pelo veto, demonstrando também ser contra a instalação do equipamento nos veículos da polícia.

A maioria governista seguiu o argumento do Executivo de que a proposta é inconstitucional por criar despesas para o governo, conforme explicou o vice-líder governista na Assembleia, David Almeida (PSD).

Favorável ao veto, o deputado Platiny Soares (PV) disse que a proposta "tira um pouco a privacidade do policial" e tem sido "usada para muitas vezes incriminar policiais militares".

O relator da matéria, Belarmino Lins (PMDB) defendeu que a proposta é inconstitucional, porque fere o princípio da iniciativa por se tratar de competência do Executivo por se tratar de uma proposta que envolva custos.

Na discussão o deputado Sinésio Campos, disse que se a proposta era inconstitucional deveria ter sido barrada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que o deputado David Almeida presidia até o ano passado. “Vejo com estranheza, esse veto. Deputado David vossa excelência era comissão e se tinha erro sua comissão devia ter visto isso lá trás e não agora. Vossa excelência deu parecer favorável”, disparou o petista.

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