Dois dias após o presidente Jair Bolsonaro sinalizar a intenção de interferir no setor elétrico, a diretora da área financeira e de relação com investidores da Eletrobras, Elvira Cavalcanti, enviou carta ao Ministério de Minas e Energia.

No documento, enviado nesta segunda-feira (22/2), Cavalcanti pede explicações sobre a declaração do presidente na noite de sábado (20/2), em conversa com apoiadores no Palácio do Alvorada.

“Vamos meter o dedo na energia elétrica, que é outro problema também”, afirmou o presidente Jair Bolsonaro, um dia após anunciar a mudança no comando da Petrobras. Recentemente, a estatal anunciou aumento de 15,2% e 10,2% no valor do diesel e da gasolina, respectivamente.

Na carta enviada ao governo federal, a representante da Eletrobras lembrou que a empresa tem ações nas bolsas de valores de São Paulo, Nova York e Madri, e que a divulgação de informações relevantes sobre a companhia devem “obedecer critérios de mercado”.

Elvira Cavalcanti ainda solicitou que a companhia seja informada “formalmente” caso as notícias sobre a intenção de privatização da Eletrobras sejam verdadeiras. A diretora questionou se existem estudos ou informações ou aprovações internas e externas a respeito do processo.

“A divulgação por meios inadequados pode provocar oscilações indevidas das ações da Eletrobras no mercado, na medida em que este precifica rapidamente qualquer informação relevante recebida”, diz um trecho da carta.

No documento, a representante da Eletrobras ainda reforçou que a política de divulgação e uso de informações relevantes da companhia prevê que pessoas com acesso a informações privilegiadas em razão do cargo “observem o sigilo sobre informações decisivas, até que sejam divulgadas ao mercado”. Com informações de Metrópoles.

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