Foto: Christian Braga (Greenpeace)

Um ataque a tiros na aldeia Parima, que fica dentro da Terra Indígena Yanomami (Roraima), deixou cinco feridos e uma criança morta nesta segunda-feira (3). A região é alvo da operação de desintrusão do garimpo ilegal no território indígena, desencadeada pelo governo.

No local fica uma base de apoio da Secretaria Especial de Saúde Indígena, que prestou atendimento aos feridos —dentre os quais há crianças e adultos, inclusive em estado grave.

Após a notificação do ocorrido, agentes da Polícia Federal e servidores da Funai (Fundação Nacional dos Povos Indígenas), da Força Nacional, da Força Nacional de Saúde Pública, além de militares, se deslocaram até o local.

Este não é o primeiro ataque que se tem notícia desde o início da operação de desintrusão do garimpo ilegal na TI Yanomami, no início do ano, que começou após o presidente Lula (PT) viajar ao local e o Ministério da Saúde decretar estado de emergência sanitária na região.

Os agentes de saúde que visitaram o local em janeiro encontraram as bases da Sesai desabastecidas de medicamentos e alimentos, sucateadas, com fezes e alta incidência de desnutrição e malária entre os indígenas, consequência direta da exploração ilegal do ouro no território.

O garimpo ilegal na terra Yanomami quase triplicou em 2022 na comparação com 2020 —quando teve início o monitoramento feito pela Polícia Federal na região.

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