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quarta-feira, 1 de maio de 2024
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Escolas estaduais apostam em atividades lúdicas para conscientização sobre a dengue

FOTOS: Eduardo Cavalcante/Secretaria de Estado de Educação e Desporto Escolar

Com o objetivo de conscientizar os alunos sobre a importância de combater a dengue no Amazonas, escolas estaduais realizam, neste mês de março, atividades lúdicas com informações sobre a proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor da doença. A campanha contra a incidência da doença chegou, na sexta-feira (08/03), à Escola Estadual Princesa Izabel, no Centro de Manaus.

O projeto ‘Liga do Lazer’ envolveu as turmas dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental em uma dinâmica para eliminar, do ambiente escolar, o mosquito transmissor da dengue. A atividade foi conduzida pelo gestor da escola, Gustavo Raposo, que convocou os estudantes para uma missão de heróis e heroínas no combate à doença.

“É um projeto que é interessante porque é muito fácil os alunos entrarem na brincadeira. Nós acreditamos que, quando temas tão importantes como este são trabalhados na infância, fica muito mais fácil combater, quando chega na fase adulta”, disse Gustavo Raposo, gestor da escola.

A atividade teve início com a apresentação do vilão ‘mister dengoso’, um personagem criado pela equipe pedagógica da escola para personificar o Aedes aegypti. Os alunos deixaram a sala de aula e participaram de uma palestra com informações sobre as formas de transmissão do mosquito e os sintomas da dengue.

Em outra etapa, os alunos participaram de um treinamento físico para se tornarem super-heróis e super-heroínas. No quintal da escola, professores de Educação Física auxiliaram os estudantes no cumprimento das atividades. Em seguida, buscaram identificar focos do inseto na escola, como baldes e garrafas com água parada, que foram espalhados propositalmente pela coordenação.

“Houve a convocação da equipe para a realização desse trabalho. Acredito que isso ajudou a chamar a atenção das crianças, trazer uma ludicidade dentro desse aprendizado de conscientização sobre a dengue”, disse o professor de Matemática, Daniel Arrais, que interpretou o mosquito Aedes aegypti no projeto.

“Todos os temas transversais são trabalhados na escola e quando a gente fala no sentido da saúde, deve ser tratado desde a base. As crianças precisam disso”, acrescentou Daniel.

Contribuição social

Após a caçada aos recipientes acumuladores de água, as crianças finalmente encontraram o personagem caracterizado como mosquito. A partir da atividade, os alunos aprenderam a identificar os focos de proliferação do inseto e as formas de prevenção.

“Quando eu chegar em casa, eu vou tirar água parada e falar para minha família. A gente ficou muito forte para matar o mosquito”, disse o estudante João Miguel, de 6 anos.

O gestor da escola espera que os alunos consigam levar adiante os conhecimentos adquiridos durante o projeto. “Quando o filho chega em casa e fala para a família o que aprendeu, o pai e a mãe têm uma atenção maior”, disse Gustavo Raposo.

Outras ações

Na Escola Estadual Carvalho Leal, no bairro Cachoeirinha, zona sul de Manaus, a equipe pedagógica apresentou as informações sobre a dengue em aulas teóricas para estudantes do 1º ano do Ensino Fundamental. Em seguida, os alunos visitaram locais próximos à escola, onde encontraram ambientes com água parada e identificaram recipientes propícios para a proliferação do aedes aegypti.

“O objetivo foi alcançado porque as crianças ficaram interessadas. A aula se tornou ainda mais significante porque eles puderam ver na área externa da escola a larva do mosquito. Ficou mais fácil entender que uma simples água parada poderia gerar um ambiente perfeito para o mosquito se proliferar”, disse a diretora da escola, Ana Carolina Pinheiro.

Na Escola Manuel Rodrigues de Souza, no bairro Armando Mendes, zona leste da capital, alunos se concentram em uma brigada de combate à dengue e, semanalmente, fazem blitz no prédio da instituição para verificar se há foco do mosquito. Os estudantes também sinalizam as áreas de risco.

“A gente chama de dez minutos contra a dengue. Os alunos se revezam nessa blitz. Além dessas ações feitas na área externa das salas de aula e na escola, os alunos também fazem a divulgação desse trabalho, da importância dessas ações para alunos de outras turmas, para que essas ações sejam replicadas”, explicou o diretor da escola, César Marinho.

Também há brigada contra a dengue na Escola Estadual Balbina Mestrinho, no bairro Cachoeirinha. No local, professores e pedagogos auxiliam os alunos na limpeza dos ambientes, apresentam vídeos educativos e promovem palestras de conscientização.

“Foram feitas mini rodas de conversa com os alunos de todas as séries, vídeos com o tema, desenhos e visitas com os alunos pelas áreas da escola para detectar criadouros e como combatê-los, e os pais foram chamados a colaborar”, disse a diretora da escola, Jeane Melgueiros.

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