Folha de S.Paulo – Milhares de alunos de escolas e universidades de Hong Kong boicotaram as aulas e marcharam pacificamente a favor da democracia nesta segunda-feira (2), no mais recente ato de um movimento antigoverno que mergulhou a cidade controlada pela China em uma grave crise desde junho. Seria o primeiro dia de aula após as férias de verão.

O boicote se seguiu a um final de semana marcado por alguns dos piores episódios de violência desde o início dos tumultos, uma vez que manifestantes queimaram barricadas e lançaram coquetéis molotov e a polícia retaliou com canhões de água, gás lacrimogêneo e cassetetes.

Milhares de estudantes se reuniram no campus da Universidade Chinesa, revezando-se em discursos em um palco decorado com um fundo negro com as palavras “Estudantes em Boicote de União por nossa Cidade”.

Os manifestantes temem que estas liberdades estejam sendo erodidas lentamente por lideranças do Partido Comunista em Pequim, uma acusação que a China nega.

Ao mesmo tempo, o movimento convocou uma greve geral para segunda e terça (3), e centenas de trabalhadores aderiram, se reunindo no Parque Tamar, próximo aos prédios do governo. 

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Geng Shuang, reiterou o apoio de Pequim à líder de Hong Kong, Carrie Lam.

O secretário da Educação, Kevin Yeung, disse aos repórteres que as escolas não são lugar para “fazer exigências políticas” ou tentar pressionar o governo.

Os estudantes compareceram em números significativos em protestos recentes, e também foram proeminentes durante o ato pró-democracia “Movimento dos Guarda-chuvas”, em 2014, que prenunciou as manifestações atuais.

 

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