Gerar e disseminar o conhecimento geocientífico para toda a sociedade, coletar dados e realizar análises climáticas. Estes são os objetivos do Curumim na Chuva, uma iniciativa da Secretaria de Estado de Educação e Qualidade do Ensino (Seduc-AM) e o Serviço Geológico do Brasil (CPRM), projeto que teve sua primeira formação na sexta-feira (27/09), no auditório do Centro de Formação Profissional Padre José Anchieta (Cepan).

O superintendente do CPRM em Manaus, José Maria Maia, explicou que o órgão federal tem como missão gerar e disseminar conhecimento geocientífico para toda a sociedade. “E, dentro dessa meta, também temos o lado social e educacional. Podemos expandir aquele material científico e de conhecimento para toda a sociedade, e o alvo, hoje, é a Educação”, explicou.

Projeto – A parceria entre Seduc-AM e CPRM também levará – tanto para o corpo discente quanto docente – uma metodologia a ser inserida na grade curricular, vinculada às áreas da Geografia, Ciências, Matemática e Informática. A ideia acontecerá quando os pluviômetros estiverem instalados em pelo menos 30 escolas, até o fim deste ano.

“A implantação dos pluviômetros nas instituições é uma coleta de dados para que possamos fazer um estudo dessa série histórica e verificar o que está ocorrendo em determinada zona: o porquê de mais ou menos chuva, do calor, o quanto choveu e a medição dos índices pluviométricos, entre outros pontos”, assinalou Maia.

A Escola Estadual Nathalia Uchoa, localizada na rua Waldomiro Lustosa, bairro Japiim 2, será a primeira a receber a iniciativa. De acordo com a técnica do CPRM, Itaní Oliveira, o programa formará uma nova rede de monitoramento, ‘administrada’, desta vez, por alunos e professores da rede estadual de ensino.

“Nosso objetivo é pegar os pluviômetros descartados pelo CPRM [que seguem funcionando], fazer uma manutenção e instalá-los nessas unidades de ensino”, contou a técnica.

Execução prática – Para executar o projeto, o CPRM fornecerá capacitação de professores, estudantes e servidores da Seduc-AM; materiais didáticos; e a implantação, manutenção e/ou reparo dos pluviômetros. Com isso, Itaní acredita que o Curumim na Chuva permitirá a realização de uma análise das mudanças climáticas em todas as zonas da capital amazonense.

“Manaus possui muitas ilhas de calor e tem crescido bastante nos últimos anos. Não temos pluviômetros o suficiente para fazer um monitoramento em nível de pesquisa. O Curumim na Chuva fará uma análise das áreas que mais chovem, das que mais sofrem com desmatamento e por aí vai”, acrescentou.

A partir desses índices, poderão ser criadas ações para amenizar as mudanças climáticas na cidade. “Não será uma pesquisa rápida, pois uma análise bem feita leva em torno de um a dois anos para ser feita. Será um processo contínuo e, com o tempo, queremos expandir para outros municípios do Amazonas”, reforçou a técnica.

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