Nesta sexta-feira, dia 15 de novembro, acontece a 1° Pesca Manejada de Pirarucu do Acordo de Pesca da Ilha da Paciência, a partir de 6h, no município de Iranduba. De acordo com o Ibama, está autorizada a pesca de 50 pirarucus adultos (acima de 1,5m). A comercialização do pescado será realizada nos dias 16 e 17 (sábado e domingo), na feira do pirarucu, na praça central de Iranduba, a partir das 7h. A atividade envolve 25 comunitários que realizam o manejo dos lagos do Acordo e beneficia 105 famílias da área.

O Acordo de Pesca da Ilha da Paciência foi viabilizado pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), por meio do Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc), junto aos moradores da área, tendo em vista que, até o início de 2011, a atividade de pesca comercial exercia forte pressão sobre os estoques pesqueiros da Ilha da Paciência. Esta atividade, juntamente com a pesca recreativa, causava sobreposição de interesses entre os usuários dos recursos pesqueiros e gerava frequentes conflitos.

“O Acordo foi fundamental para promover o ordenamento da atividade da pesca naquela área. Hoje, este instrumento de gestão da pesca tem sido uma das experiências mais exitosas de manejo dos recursos pesqueiros utilizadas pelo Estado do Amazonas e, sem dúvida alguma, é um exemplo positivo de gestão participativa”, explica João Bosco Ferreira da Silva, chefe do Departamento de Manejo e Geração de Renda da SDS.

O principal ganho ambiental do acordo foi o aumento dos estoques pesqueiros, o que proporcionou o aumento do consumo de pescado pelos moradores das 105 famílias da área. O acordo também proporcionou a realização do manejo de pirarucu em oito lagos que foram destinados a esta atividade. Para premiar o trabalho de preservação dos lagos do acordo, este ano, o Ibama autorizou a pesca de 50 pirarucus adultos (acima de 1,5m).

O complexo lacustre da Ilha da Paciência, no município de Iranduba, é formado por 32 lagos, típicos de áreas de várzea. Estes ambientes aquáticos historicamente são utilizados por pescadores e ribeirinhos das comunidades locais, principalmente das localidades de Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora da Conceição.

Artigo anteriorSUSAM e UEA lançam revista em quadrinhos, sobre aleitamento materno
Próximo artigoInscrição para Corrida do Fogo começa na segunda, dia 18