Seis pessoas que tiveram cargos no gabinete de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, antes de 2007, sacaram pelo menos 90% dos salários que receberam quando se tornaram, anos depois, assessores de Flávio e Carlos Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) e na Câmara Municipal do Rio, respectivamente.
Os assessores receberam R$ 1,58 milhão e retiraram, em dinheiro vivo, pelo menos R$ 1,41 milhão, segundo documentos obtidos pelo portal Uol.
O sigilo bancário desses seis funcionários foi quebrado pela investigação da “rachadinha” no gabinete de Flávio Bolsonaro na Alerj. Trata-se de uma prática ilegal na qual o titular de cargo público confisca parte do salário de funcionários. A prática configura crime de peculato — roubo ou mau uso de dinheiro público.
Como a quebra de sigilo começa em janeiro de 2007, depois que essas pessoas tinham saído da Câmara dos Deputados, não é possível saber o que fizeram com os salários.