A falta e o alto custo de matéria-prima travam o crescimento das micros e pequenas indústrias há cinco trimestres – um ano e três meses. Esse é um dos principais efeitos da pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, no setor.

Os dados fazem parte do Panorama da Pequena Indústria, da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgado nesta segunda-feira (8/11).

Segundo a pesquisa, as micros e pequenas indústrias de transformação e construção centralizaram esse problema. Já as indústrias extrativas não foram afetadas pelo mesmo problema por tanto tempo, pois também apontaram desafios com a carga tributária no segundo trimestre deste ano.

O levantamento ainda mostra que a elevada carga tributária e a falta ou alto custo de energia apareceram no ranking de principais problemas da pequena indústria neste trimestre.

“A questão energética é um ponto de atenção, dado o contexto de crise hídrica atualmente vivido no Brasil”, destaca o relatório técnico.

“Melhora da situação financeira”

Dois indicadores mostram melhora na situação financeira. O primeiro é o Índice de Desempenho, que registrou 48,3 pontos no terceiro trimestre. O resultado que está acima do índice médio do segundo trimestre de 2021 (46,5 pontos) e, também, acima da média histórica (43,3 pontos).

O segundo é o Índice de Situação Financeira, que ficou em 42,6 pontos, pouco diferente do índice do trimestre anterior (alta de 0,3 ponto). Quando comparado ao mesmo período de 2020, o indicador registrou uma alta um pouco maior, de 0,7 ponto.

“O governo federal vem implementando medidas que contribuem positivamente para a melhora da situação financeira. O Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), que foi aprovado como política permanente em junho deste ano, e o início da segunda fase do Open Banking são algumas delas”, aponta o documento.

Confiança cai

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para as pequenas indústrias registrou 56,9 pontos em outubro de 2021, uma queda de 0,7 ponto na comparação com setembro.

Contudo, o valor permanece acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança, e segue acima da média histórica de 52,6 pontos.

“Esse resultado indica que a confiança dos empresários continua elevada e difundida entre as micros e pequenas indústrias dos diversos setores”, contemporiza o relatório. (Metrópoles)

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